Discos e fotografias históricas que fazem parte do Arquivo Nirez serão disponibilizados na internet
As postagens de fotos antigas de Fortaleza já fazem sucesso há algum tempo no Facebook de Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez. Aos 78 anos, demonstrando desenvoltura e uma memória impecável em suas postagens, ele possui na rede social mais de 1,6 mil assinaturas e 5 mil amigos. O historiador prova que a internet é, também, espaço para a preservação da memória cultural e, em mais uma empreitada online, lança a versão virtual de seu Arquivo Nirez, coleção composta de mais de 141 mil peças.
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O pesquisador Nirez, em sua casa-arquivo: 141 mil peças
servirão de base para o site que entra no
ar amanhã. Nele, estarão disponíveis imagens raras
e arquivos em áudio tirados da vasta coleção
de discos de cera do organizador FOTO: KID JUNIOR |
O site entra no ar a partir de amanhã (quando o endereço será divulgado) - com cerimônia de lançamento às 18 horas, no Museu da Imagem e do Som (MIS), casa dirigida pelo pesquisador - e disponibilizará aos usuários fotografias históricas, rótulos de produtos da primeira metade do século XX, gravações registradas em discos de cera, fotos de máquinas antigas pertencentes ao acervo, como vitrolas, câmeras, máquinas de escrever, além de uma cronologia dos principais acontecimentos de Fortaleza, desde 1500.
"A primeira delas é a chegada de Vicente Pinzón no Mucuripe, em fevereiro, antes de Pedro Álvares Cabral ´descobrir´ o Brasil. Tem tudo desde este episódio, ano a ano, mês a mês, dia a dia", garante o historiador. O site é um sonho antigo de Nirez que já adota a internet como meio eficaz para divulgar as peças de seu acervo e facilitar o acesso do público. "Sempre tive vontade de colocar Arquivo Nirez em site, mas não havia possibilidade", conta. A iniciativa foi viabilizada através de um projeto financiado pela Petrobras e em parceria com a Cooperativa Pirambu Digital.