Após conquistar espaço no campo da economia mundial, agora, a China quer provar que pode alçar novos voos
Pequim. A China quer mostrar que sua força como potência mundial não se resume apenas ao aspecto econômico. E, se é para inovar, os chineses fazem em grande estilo. Ontem, às 7h37m (horário de Brasília), a nave chinesa Shenzhou 9 decolou com primeira mulher astronauta do país e mais dois astronautas.
Pequim. A China quer mostrar que sua força como potência mundial não se resume apenas ao aspecto econômico. E, se é para inovar, os chineses fazem em grande estilo. Ontem, às 7h37m (horário de Brasília), a nave chinesa Shenzhou 9 decolou com primeira mulher astronauta do país e mais dois astronautas.
A nave espacial chinesa Shenzhou 9 decolou, ontem, com a primeira mulher astronauta do país, para cumprir missão que deve durar entre sete e 10 dias. A tripulação conta, ainda, com mais dois astronautas FOTO: REUTERS |
A missão deve durar cerca de sete a dez dias. O foguete saiu do Centro de Lançamento de Satélites Jiugquan, no Deserto de Gobi, no norte da país. Trata-se da primeira tentativa de acoplagem realizada por chineses, a bordo da nave Shenzhou 9, que vai se juntar ao módulo espacial Tiangong 1, a 343 quilômetros da Terra.
Os astronautas devem trabalhar em uma estação espacial provisória por sete a dez dias. A missão pode ser fundamental para a China se tornar o terceiro país a estabelecer uma base permanente em órbita, depois dos EUA e da Rússia.
Liu Yang, de 34 anos, é piloto da Força Aérea chinesa e, segundo o porta-voz do programa espacial chinês, Wu Ping, a presença de uma mulher no espaço é consequência do desenvolvimento dos voos tripulados e também efeito da expectativa do público chinês.
Prova disso é o proveito que a mídia chinesa vem tirando do fato, relatado inclusive que a astronauta já aterrissou um avião após uma ave desativar um dos motores.
Liu Yang estará acompanhada de Liu Wang e Jing Haipeng. Dois deles vão viver e trabalhar no interior do módulo, para testar os sistemas de suporte vital. Enquanto isso, o terceiro ficará na cápsula, no sentido de observar qualquer emergência.
Eles prometem avaliar os efeitos da gravidade sobre o corpo humano e desempenhar tarefas científicas e de engenharia.
O nome de Liu foi anunciado na última semana, após um processo de seleção que deu preferência a mulheres casadas e com filhos. O motivo é o temor de que devido ao fato de o voo espacial e a possível exposição à radiação poderem causar infertilidade.
Entretanto, autoridades chinesas garantem que os critérios da escolha são rigorosos. A escolhida tinha, entre outros, de ter dentes perfeitos, pele sem calos ou problemas, bom hálito e odor corporal agradável - o contrário pode ser um problema durante a permanência no espaço.
Na volta à Terra, a nave deve pousar em campos chineses com a ajuda de paraquedas. Vale lembrar que o módulo Tiangong 1 é apenas um protótipo, e a meta é substituí-lo por uma estação espacial maior e permanente, com conclusão prevista para 2020.
A estação permanente deve pesar cerca de 60 toneladas, ligeiramente menor que a Skylab da Nasa, construída nos anos 1970, e cerca de um sexto do tamanho da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), da qual fazem parte 16 países atualmente. A China lançou um homem ao espaço pela primeira vez em 2003. A missão foi seguida em 2005.
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