segunda-feira, 18 de junho de 2012

Upgrade ou compra de novo PC é dilema para usuários

A troca de peças pode ser uma solução mais barata para resolver problemas no PC, mas a solução é dificultosa para máquinas com mais de três anos
Quando um computador começa a perder velocidade nas atividades, travar enquanto executa um programa ou apresentar dificuldades ao inicializar, é sinal de que ele pode estar chegando ao seu limite. O desgaste das peças e a desfragmentação dos arquivos no disco rígido, comuns em aparelhos com alguns anos de uso, acarretam problemas de lentidão e falhas que, em grande escala, causam um enorme transtorno ao usuário.

A solução para evitar o transtorno vem em duas opções: fazer um upgrade, trocando alguns componentes por outros mais novos, ou se desfazer da máquina antiga e comprar uma mais moderna.

Antes de tomar a decisão, no entanto, é preciso certificar-se de que o problema é irreversível. "Você tem que ver se basta alguma manutenção, como uma limpeza de disco ou uma desfragmentação, ou se os programas em geral começam a ficar lentos", afirma o técnico em informática Humberto Fraga. Se o prejuízo de fato for constatado, é hora de escolher uma das alternativas acima. Mas como saber a melhor opção?

De acordo com o técnico, o upgrade pode ser uma boa escolha para usuários que não querem gastar muito e funciona bem nos computadores não muito antigos. Entretanto, para PCs com mais de três anos de fabricação, cujos componentes já estão desatualizados, a melhor alternativa é a compra de um novo produto. "O upgrade vai ser sempre mais barato, mas pode ser mais trabalhoso. Conforme vão lançando novas tecnologias, o computador que você tem pode ser completamente incompatível com os componentes disponíveis no mercado. Não vale a pena sair procurando peças que provavelmente vão ser de segunda mão e não vão funcionar 100%", alerta Humberto Fraga.

Conheça seu hardware
O usuário que estiver pensando em fazer um upgrade deve primeiramente identificar quais componentes do computador devem ser substituídos. Se a máquina demonstrar lentidão quando vários programas estão abertos ao mesmo tempo, é sinal que precisa de mais memória RAM. A velocidade do computador também pode aumentar com o upgrade de disco rígido (HD), que garante, além de maior agilidade, mais espaço para armazenar arquivos.

Quando o problema de um computador está na execução de aplicativos com efeitos gráficos e de jogos, por exemplo, será necessário trocar a placa de vídeo. Outra possibilidade de upgrade é a substituição do processador, que deve ser realizada quando o PC apresenta dificuldades em rodar softwares de cálculo e edição de vídeo ou de áudio, por exemplo.

Além de fazer essa análise, o técnico Humberto Fraga ressalta que o usuário deve estar atento para alguns detalhes que podem passar despercebidos. Alguns componentes, ao serem trocados, acarretam a necessidade de também substituir outras peças, trazendo mais gastos para o consumidor. Fora isso, muitos usuários esquecem que, ao fazer o upgrade, é preciso avaliar se a fonte de alimentação antiga suporta a nova demanda de energia elétrica. "Os componentes mais novos exigem maior potência das fontes que os antigos. Às vezes, as pessoas não atentam para isso, fazem o upgrade e a fonte acaba queimando", destaca Humberto Fraga.

Avaliação dos preços
Depois de feito o diagnóstico, o usuário deve, então, fazer um orçamento de cada troca. Segundo o técnico em hardware Marcondes Menezes, o preço dos componentes pode variar bastante, dependendo das configurações de cada um. O valor da memória RAM de 2GB, por exemplo, varia de R$ 60 a R$ 120, enquanto o preço de uma placa de vídeo básica vai de R$ 160 a R$ 250.

Devido à grande diversidade de produtos e valores, Marcondes ressalta que é preciso avaliar bem o orçamento. "Se o orçamento ultrapassar 50% do preço de um computador novo, indicamos que o usuário compre o aparelho mais recente", recomenda.

O especialista também afirma que, se a decisão for a de fazer o upgrade, é importante buscar profissionais qualificados e produtos de qualidade. "O usuário deve procurar peças de uma boa marca, que tenham referências no mercado, e uma assistência técnica que tenha mão de obra especializada", destaca Marcondes Menezes.

Máquina nova
Levando em conta todos esses fatores, para algumas pessoas talvez seja mais vantajoso adquirir um PC novo. Nesse caso, segundo o técnico Humberto Fraga, o ideal é avaliar o perfil do usuário antes de comprar a máquina. O usuário que utiliza o computador para funções básicas, como acessar a internet ou explorar documentos, por exemplo, talvez não precise de um PC de extrema potência. O mais importante é ter um bom processador, um HD com boa capacidade e uma quantidade eficiente de memória RAM.

Já os que necessitam de uma máquina apropriada para o trabalho devem ficar mais atentos às características dos componentes e investir em processadores velozes, memórias RAM maiores e placas-mãe de qualidade. Dependendo do ofício do usuário, recursos como placas de vídeo ou de som podem ser secundárias na hora de comprar o PC.

E para os gamers (fãs de jogos eletrônicos), cujos jogos costumam exigir configurações avançadas nos computadores, o ideal, de acordo com Humberto Fraga, é adquirir aparelhos com processador de alta velocidade e uma placa de vídeo de ponta.

"Tem que ver seu perfil de uso para não acabar comprando um computador caro demais que vai ficar subutilizado, ou comprar um que seja mais barato e não vai atender a sua necessidade", aconselha o técnico.

Novo Windows deve influenciar

Marcondes Menezes recomenda verificar a receptividade do novo sistema no mercado antes da compra
Previsto para outubro deste ano, o lançamento oficial do Windows 8, novo sistema operacional da Microsoft, é mais um fator que poderá influenciar na decisão de comprar ou não um novo computador agora.

A plataforma ainda está em fase de testes, mas já promete revolucionar o modo de explorar documentos e programas não só dos computadores tradicionais e notebooks, mas também de tablets e até os novos modelos de telefones inteligente (smartphones).

E uma das características desse sistema operacional que mais exemplifica essa mudança é a interface adaptada a dispositivos sensíveis ao toque, novidade que pretende alavancar a venda dos aparelhos touchscreen.

De olho no lançamento do Windows 8, as empresas fabricantes de computadores planejam uma nova classe de equipamentos criados para tirar o máximo proveito do sistema. Os chamados computadores híbridos são uma mistura de hardware que inclui ultrabooks com telas sensíveis, tablets integrados a notebooks e PCs, entre outros aparelhos.

Requisitos
Mas antes de se empolgar com as novidades do Windows 8, o usuário precisa estar atento aos requisitos de hardware que a nova plataforma irá exigir. "As novas versões requerem um hardware muito maior que um sistema anterior. O cliente tem que ter um hardware de boa qualidade e que aceite as configurações do sistema", lembra o especialista Marcondes Menezes.

No caso do novo sistema a ser lançado pela Microsoft, os requisitos são bem semelhantes aos das versões anteriores Windows 7 e Windows Vista: processador de 1GHZ, memória RAM de 1 ou 2GB e espaço livre no disco rígido de 16 ou 20 GB.

Cautela
Para o técnico, o usuário que deseja usufruir do novo sistema e, principalmente, das novas máquinas, deve esperar os lançamentos e ver qual será a receptividade entre os primeiros usuários e entre as empresas, antes de aderir ao Windows 8. "Vale a pena esperar e ver como o mercado vai se comportar, porque pode acontecer o mesmo que aconteceu com o Windows Vista: muita gente migrou e se decepcionou", alerta Marcondes.

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