sexta-feira, 22 de junho de 2012

Prefeito afastado se entrega e fica preso no quartel


O prefeito se apresentou no Quartel dos Bombeiros às 16 horas de ontem, junto com dois advogados. Ele agora está detido numa cela especial FOTO: WILSON MELO
Já está preso no Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar, no bairro Jacarecanga, o prefeito afastado do Município de Ipu (294Km de Fortaleza), o ex-deputado estadual Sávio Pontes. Ele estava foragido da Justiça desde a última sexta-feira, quando teve a sua prisão preventiva decretada pelo desembargador Francisco Darival Beserra Primo, do TJCE.
O político se apresentou no Quartel dos Bombeiros por volta das 16 horas, na companhia de dois advogados. O coordenador de operações da corporação, major Leandro Marinho, informou que o comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Joaquim dos Santos Neto, encaminhou ofício ao TJCE pedindo informações sobre se o prefeito deverá permanecer naquele órgão ou se deve ser transferido para a Polícia Civil.

Segundo, ainda, o major Leandro Marinho, até ontem à noite o ex-deputado estava recolhido em uma sala, transformada em cela especial.

O advogado do prefeito, Flávio Jacinto, informou que o pedido de habeas corpus em favor de Sávio Pontes deu entrada no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última segunda-feira. A data para que o recurso seja julgado não foi ainda definida.

O prefeito e outras sete pessoas tiveram prisão decretada sob a acusação de terem desviado cerca de $ 3,1 milhões de verbas públicas destinadas à construção de banheiros.

Viagem
O advogado Leandro Vasques, que representa juridicamente Roberto Eufrásio de Alencar, um dos acusados do desvio de verbas, informou que seu cliente ainda não se apresentou à Polícia porque estava em viagem para outro Estado e só tomou conhecimento dos fatos ontem, mas deverá se apresentar hoje.

Ainda segundo Vasques, "respeitamos a decisão do desembargador relator ao decretar a prisão preventiva, mas consideramos que esta é extemporânea em razão de os fatos terem ocorridos em 2009, além, do que, reputamos a prisão cautelar como uma antecipação da pena".

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