por Felipe Gurgel - Diário do Nordeste
No dia 30 de abril do ano passado, o compositor cearense Antonio Carlos Belchior morria, aos 70 anos de idade, em sua casa em Santa Cruz do Sul (RS). O corpo foi transferido para o Ceará, com auxílio do Governo do Estado. Uma comoção tomou conta dos fãs, da imprensa e do público local durante o processo de velório e sepultamento.
O artista foi velado, a princípio, em Sobral (CE), sua terra natal. Na sequência, o rito continuou no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza. E o sepultamento ocorreu, por fim, também na Capital, no cemitério do Parque da Paz.
Todo o processo foi acompanhado de perto pela imprensa local, mesmo diante dos limites físicos impostos pela família do músico. Autor do álbum "Alucinação" (1976, um clássico da MPB), Belchior teve, depois de partir, sua obra (intensamente) revista.
Expressões póstumas de reconhecimento incluem lançamento de livros, como a biografia do jornalista cultural Jotabê Medeiros/SP (lançada quatro meses depois do falecimento, pela editora Todavia); a abertura de um centro cultural (pela Prefeitura de Fortaleza, na Praia de Iracema); uma antologia e uma caixa de discos (o box "Tudo outra vez", organizado pelo jornalista mineiro Renato Vieira, reunindo seis discos editados pela Warner Music). Além de uma infinidade de shows-tributo, dentre outras iniciativas em torno da obra do poeta sobralense.