sexta-feira, 24 de abril de 2015

PL da terceirização indispõe Cunha e Renan

Declaração de Renan foi uma resposta a Cunha, que havia dito na terça (21) que os deputados terão a palavra final sobre o projeto da terceirização
Declaração de Renan foi uma resposta a Cunha, que havia dito na terça (21) que os deputados terão a palavra final sobre o projeto da terceirização
FOTO: REUTERS
Brasília. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse ontem que, caso o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), atrase a votação do projeto que trata da terceirização, propostas de senadores também podem ter o mesmo tratamento na Câmara dos Deputados. "A convalidação na Câmara vai andar no mesmo ritmo que a terceirização no Senado", provocou Cunha.

No último dia 7 de abril, o Senado aprovou a validação de benefícios tributários concedidos por Estados para atrair investimentos, desrespeitando a legislação em vigor.

O projeto seguiu para a análise dos deputados, mas pode ser avaliado em ritmo lento, segundo Cunha. "Pau que dá em Chico também dá em Francisco. Engaveta lá, engaveta aqui", ironizou o deputado.

A Câmara aprovou por 230 a 203 votos a terceirização na quarta-feira (23). Agora, o projeto será analisado pelo Senado.

Os deputados mantiveram, por exemplo, a ampliação da contratação de prestadores de serviços para todas as atividades das empresas privadas. A decisão contraria posição defendida pelo governo e o entendimento da Justiça do Trabalho.

Sem pressa

O projeto que regulamenta a terceirização no país será analisado pelo Senado sem pressa, disse o senador Renan Calheiros. A ideia é segurar ao máximo a votação para evitar seu retorno em curto prazo para a Câmara.

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