O secretário geral do PT, deputado Geraldo Magela, diz que a
presidente Dilma deve falar, durante o evento, sobre a composição do
novo governo
FOTO: KIKO SILVA
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A presidente Dilma Rousseff estará presente hoje, em Fortaleza, no
encontro nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), que ocorre nesta
sexta-feira e segue até amanhã, no Gran Marquise Hotel. Na pauta do
evento, está prevista a avaliação do resultado das eleições, além de
encaminhamentos para o congresso nacional do partido, que deve ocorrer
em junho próximo. O governador eleito do Ceará, Camilo Santana,
recepcionou as lideranças petistas à noite passada.
Além dos integrantes da executiva nacional da legenda, devem participar
parlamentares, governadores eleitos pelo PT e ministros, mas, até
ontem, dirigentes estaduais e nacionais não confirmaram os nomes. Pela
manhã, a partir das 10 horas, os petistas devem discutir a organização
do calendário de eventos para 2015. À tarde entra em debate a avaliação
do resultado eleitoral. Somente por volta das 19h inicia o momento com a
participação de Dilma Rousseff, que volta a Brasília ainda hoje.
Durante o sábado de manhã, os dirigentes do PT continuam a discussão
sobre as eleições deste ano. Às 10h30, o presidente nacional da
agremiação, Rui Falcão, concede entrevista à imprensa. Ao final do
encontro, será aprovada resolução do que foi debatido no evento.
Vitória
"Estamos fazendo essa reunião no Ceará com o objetivo de homenagear o
povo cearense. Obtivemos uma vitória maiúscula tanto do ponto de vista
da eleição estadual quanto da eleição presidencial", explica o
secretário geral do PT nacional, deputado federal Geraldo Magela, do
Distrito Federal.
Magela ainda explica que há expectativa de a presidente Dilma Rousseff
repassar aos correligionários informações sobre a nova composição do
Governo Federal. Por enquanto, já estão definidos os nomes do ministro
da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. "Certamente
ela vai nos trazer aquilo que puder nos dizer. Poderá apresentar
resultados, mas é o momento que vamos ter de comemoração e de
reafirmação do diálogo", alega.
Questionado se o PT se sente representado nas discussões para definir
os novos ministros, o secretário geral do partido informa que o
presidente da legenda, Rui Falcão, tem acompanhado todo o debate e
acrescenta que cabe à presidente Dilma costurar alianças para contemplar
os demais partidos aliados.
"Avaliamos como positivas (as primeiras indicações de ministros),
porque a presidenta deixou claro que faria mudanças de pessoas, mas que,
no centro da proposta que ela apresentou nas eleições, vai manter o
País no rumo da superação das desigualdades sociais e da distribuição de
renda (...) É a sinalização que o Governo será novo, com ideias novas,
mas avançando, é um aprimoramento do que fizemos nesses 12 anos",
declara.
Sobre as dificuldades de relacionamento, em 2015, do Governo Federal
com a oposição e até com setores da base aliada, a exemplo do PMDB, o
deputado Geraldo Magela diz que o partido vai tentar dialogar e garante
que o PT indicará uma candidatura para a presidência da Câmara Federal
no próximo ano. O peemedebista Eduardo Cunha (RJ) já declarou que
pleiteará o cargo em 2015.
Diálogo com o PMDB
"O PT certamente terá um nome (...) Temos o PMDB como partido aliado da
maior importância. Não é correto nem PT nem PMDB terem candidatos para
um derrotar o outro. Nada do que está sendo feito agora está concluído. O
processo ainda está em desenvolvimento. Considero fundamental que PT e
PMDB façam diálogo de alto nível para a presidência da Câmara", diz.
O secretário geral do partido, Geraldo Magela, também reconhece a
necessidade de o PT retomar discussões sobre a aproximação com os
movimentos sociais, mas o aprofundamento dessa discussão não será feito
no encontro de hoje. "Faremos a avaliação de forma localizada na
eleição, mas durante o primeiro semestre vamos avaliar o partido, os
nossos governo e os movimentos sociais entram na pauta das discussões
dos primeiros seis meses", ressalta. Ontem à tarde, o governador eleito
do Piauí, Wellington Dias, e dirigentes do PT já estavam em Fortaleza.
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