Para ele, a Frente de Esquerda seria uma alternativa para a estabilização do governo
Foto: Alan Marques
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Em entrevista concedida à revista Carta Capital, publicada nesta segunda-feira (24), o governador do Ceará Cid Gomes voltou a defender a criação de uma frente de esquerda,
que seria a responsável por trabalhar pela estabilidade no Governo e
fazer contraponto aos conservadores no Parlamento. Entre outros
assuntos, Cid Gomes falou sobre a importância da Operação Lava Jato,
sobre as alianças do governo com o PMDB, mas evitou comentar sobre uma
possível indicação a um ministério. O Diário do Nordeste já havia noticiado sobre as intenções de Cid para a criação da Frente.
A frente de esquerda, uma das idealizações de Cid Gomes, que já teria sido apresentada à presidente Dilma Rousseff,
serviria como um realinhamento para uma nova relação entre o Executivo e
o Congresso, trabalhando também para o combate ao fisiologismo no
governo. Para ele, o governo atual está escravo do PMDB, mas ele
acredita que seria melhor uma base mais confiável."Podemos construir
caminhos pela esquerda e pelo centro. Com teses, e não cargos", opinou.
Quando o assunto é governabilidade e Reforma Política,
o governador acredita que existem sérios problemas. Segundo ele, só
deve existir Reforma quando se inicia um novo ciclo, o que atualmente
não está acontecendo no Brasil. "O País acabou de sair de uma eleição
muito dividida, o resultado praticamente foi meio a meio. Essa reforma
só deve aguçar e radicalizar as diferenças.", afirmou.
Falando sobre o impacto da Operação Lava Jato, Cid
explicou que ela é necessária para que o Brasil possa "dar um passo à
frente". Assim, "pegar os corruptores" seria um estímulo para a formação
de novos quadros políticos.
Já as especulações sobre a futura participação em um ministério no governo Dilma foram tratadas como "conjecturas" pelo governador. "Se falar que não aceitaria, seria indelicado. Se disser que topo, estaria sendo oferecido."
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