Presidente nacional do DEM, José Agripino Maia (RN) |
Com uma bancada reduzida à metade nesta eleição em comparação à de
2010, o presidente nacional do DEM, José Agripino Maia (RN), considera
que “há perspectivas” de a legenda se fundir com outras nos próximos
meses. O dirigente afirmou, no entanto, que essa discussão não está na
pauta “neste momento”.
Maia falou sobre o futuro do partido e lamentou a derrota na disputa
pelo governo da Bahia, único Estado onde o DEM tinha possibilidade de
vitória nesta eleição. “Há perspectivas ou a possibilidade de fusões,
mas não está na nossa pauta neste momento”, afirmou o dirigente. Segundo
ele, uma decisão final ainda deve passar pelos presidentes estaduais
das legendas envolvidas nas discussões.
“Estamos conversando. Houve um almoço de líderes partidários nesta
semana, que reuniu DEM, Solidariedade, PSD, PSDC. Todos estão
conversando sobre a prática da linha de oposição, linguagem da oposição e
perspectiva de bloco. Se a perspectiva de blocos evoluir para fusões,
poderá ser discutida, porque fusão tem implicações que remetem aos
Estados. É uma coisa que tem de ser muito bem cuidada, precisa ter muita
cautela”, ressaltou.
Para Agripino Maia, não está descartada, entretanto, a formação de
blocos no Congresso com intuito de disputar cargos estratégicos como
presidência de comissões e relatorias.
“A perspectiva de bloco partidário, sim. Isso está na ordem do dia
entre os partidos que fazem oposição, como o DEM, o Solidariedade e
outros que possam se associar conosco num bloco para exercer um número
mais expressivo na ação de oposição”.
Em 2010, o DEM conseguiu eleger 43 deputados federais, número que
caiu para 28 em 2012, depois de parte da bancada migrar para o
recém-criado PSD, que passou a atuar em conjunto à base aliada.
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