segunda-feira, 29 de setembro de 2014

'Aonde é' Defesa pede hoje alvará de soltura

Advogado Leandro Vasques (à esquerda) acompanhou depoimentos de 'Aonde É' (à direita) e da vítima denunciante, no 2º DP
Advogado Leandro Vasques (à esquerda) acompanhou depoimentos de 'Aonde É' (à direita) e da vítima denunciante, no 2º DP   Foto: Érika Fonseca
A defesa do vereador Antônio Farias de Sousa, o 'Aonde É' (PTC), entrará hoje com pedido de relaxamento de prisão do parlamentar, preso em flagrante na última sexta-feira (26).
O vereador foi capturado sob acusação de crime de concussão. Um assessor teria denunciado que o vereador exigia o valor de R$ 1.900, referente ao salário do funcionário, sob ameaças.
Segundo os advogados, a situação teria sido forjada. Para a defesa, o assessor teria planejado e 'montado' a cena do flagrante para incriminar o vereador.
O advogado Leandro Vasques, que defende o parlamentar, aponta que o assessor que denunciou 'Aonde É' estaria exigindo aumento salarial, tendo sido negado pelo vereador, e, por isso, 'planejou' o flagrante.
Segundo a defesa, o assessor teria insistido que o vereador fosse até a agência bancária, onde se encontrariam com um amigo em comum.

"Ressai indiscutível a preparação do suposto flagrante lavrado em desfavor do Sr. Antonio Farias de Sousa, urgindo -lhe o imediato relaxamento, com vistas a poder gozar de sua plena liberdade", diz a defesa.
Além de flagrante preparado, que juridicamente não configura crime, os advogados alegam prisão ilegal, pelo fato de que o crime de concussão não estaria caracterizado na ocasião.
Decap
O flagrante da prisão de'Aonde É' foi lavrado no 2º DP (Aldeota), pela delegada Socorro Portela. No mesmo dia, o vereador foi transferido para a Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), no Centro da Capital.
Segundo a Polícia, 'Aonde É' foi preso após denúncias do assessor, que alega ter tido seu salário exigido pelo vereador desde o mês passado.
Na ocasião, o funcionário afirma que chegou a pedir demissão, mas foi negado. O vereador é ainda investigado pelo Ministério Público por suposto desvio de verba parlamentar. Na residência e no gabinete de 'Aonde É', foram encontrados documentos com nomes e valores.

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