quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sobe para quatro o número de municípios com servidores em greve

Já são quatro os municípios com servidores municipais em greve no estado do Ceará. De acordo com levantamento da Fetamce (Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará), estão nesta situação Canindé, Itapiúna, Mucambo e Crato.
No município de Canindé, a categoria que se encontra paralisada é a dos professores. A greve se estende desde o dia 14 de julho. Os profissionais do magistério pleiteiam um reajuste que devolva as perdas salariais ocorridas ao longo dos últimos anos, que, através de uma defasagem de reajuste para os graduados e pós-graduados, tem ocasionado a quase equiparação dos salários de professores com nível médio e com nível superior. 
Segundo a Fetamce, neste momento, tal diferença está em apenas 7,22%, enquanto o Plano de Cargos e Carreira (PCC) dos profissionais diz que esta deva ser de 40%. Canindé reajustou o salário do nível médio em 8,32%, mas não reproduziu o índice nos profissionais graduados.
Em Itapiúna, o grupo afetado é o dos profissionais da saúde, que estão em estado de greve, com paralisações momentâneas. A mobilização, iniciada ainda em junho, pretende reaver salários atrasados de auxiliares, técnicos, enfermeiros, médicos, entre outros, que já acumulam três meses sem serem pagos, afetando toda a rede de atendimento do município.
Já em Mucambo, a greve é de professores e foi iniciada hoje (31) cedo, com atos nas ruas da cidade. A insatisfação da categoria é causada, sobretudo, pelo fato da Prefeitura não ter dado o reajuste salarial dos educadores graduados e pós-graduados. 
Até o momento, o executivo da cidade reajustou apenas os salários de professores com nível médio, em 8,32%, não aplicando o índice nos demais níveis de formação. Além disso, a Prefeitura revogou integralmente o Plano de Carreira dos Professores, reduziu o salário dos educadores em 10%, retirou o direito de progressão salarial, tentou revogar o direito à licença prêmio, e tentou impedir o sindicato de funcionar, numa clara perseguição a autonomia sindical.
Por fim, no Crato são também os professores a entrarem em greve, iniciada na tarde de ontem (30), após ato que reuniu centenas de pessoas nas ruas da cidade. Conforme o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Crato, foi frustrada a tentativa de diálogo com a Prefeitura durante as negociações da campanha salarial 2014. 
A pauta dos trabalhadores inclui: repasse da diferença salarial do piso para todos os profissionais do magistério; majoração do percentual de regência de classe atualmente de 8% (oito por cento) sobre o salário base, para 20% (vinte por cento); reformulação do Plano de Cargos e Carreiras do Magistério; e progressão para os Auxiliares de Serviço Gerais, Merendeiras, Técnicos Administrativos e Secretários Escolares.
Redação
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