Dirigentes do PSD reunidos à tarde de ontem com deputados,
prefeitos e outras lideranças, discutindo sobre a resolução da executiva
nacional FOTO: KIKO SILVA
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A direção estadual do PSD no Ceará, por força de uma resolução enviada
pela executiva nacional da legenda, só poderá formar uma aliança no
Estado caso seja garantido à agremiação uma vaga de governador, vice ou
senador. Se a reivindicação não for atendida, a coligação só será
formalizada mediante autorização do diretório nacional.
A resolução foi apresentada aos demais filiados do PSD durante encontro
realizado, ontem, em um shopping da Capital. A legenda também fez uma
consulta aos membros sobre qual nome o partido deve apoiar na sucessão
estadual. Na ficha de votação, foram listados os cinco pré-candidatos do
PROS, mas também havia um espaço para que outro nome fosse indicado.
"Nos casos em que não for indicado nenhum representante do PSD para a
composição da chapa majoritária, a Direção Estadual ou Distrital somente
poderá firmar a coligação com a autorização prévia da Executiva
Nacional, que deverá ser registrada na Ata da respectiva convenção",
determina a resolução
Apesar de ainda não ter garantido uma vaga na chapa majoritária, como
quer a direção nacional do partido, o presidente estadual do PSD,
Almircy Pinto, considera pouco provável que o não atendimento desse
pleito signifique a saída da sigla para buscar outra aliança.
"Quando o presidente nacional (Gilberto Kassab) diz que teríamos que
conversar, a conversa política tem muitos caminhos. Os bônus e ônus são
muito variáveis. Acho que nós temos o tamanho e o direito de participar
(da coligação), mas claro que não podemos sair de mãos abanando. Tem que
ter uma compensação", defendeu.
Bancada
Já o deputado estadual Osmar Baquit pontuou que essa compensação
necessária para o PSD permanecer na aliança com o PROS seria atendida
com o simples apoio que a legenda tem para ampliar a bancada federal.
"Nós queremos, no mínimo, a manutenção de uma bancada estadual e a
ampliação da bancada federal. Acho que isso já atenderia ao partido, mas
lógico que nós vamos brigar por mais. Faz parte da busca por espaço",
ressaltou o parlamentar.
Almircy Pinto é o nome do partido para tentar ampliar a bancada na
Câmara dos Deputados. Atualmente, o PSD no Ceará conta somente com o
deputado federal Manoel Salviano. "Eu trabalhava por outro nome, mas a
maioria do partido acabou convergindo para eu fosse candidato. Não
queria mais pensar nisso, mas aceitei", afirmou Almircy, reconhecendo a
preocupação com a pré-candidatura.
Na busca de atender à resolução do partido Almircy Pinto revelou que a
legenda vai tentar garantir o direito à vaga de vice-governador. Na
avaliação do presidente estadual da agremiação, o PSD é a terceira sigla
dentro da coligação com maior força.
Ele ponderou que, com a saída do PMDB da base de sustentação, as
chances do PSD ficarem com a posição de vice-governador se tornaram mais
viáveis.
"Pela lógica, o PROS tem que indicar o candidato a governador. É o
partido que tem a maior estrutura política. O PT tem a primazia pelo
Senado. Já a vaga de vice-governador está em aberto. Se o PMDB
estivesse, tudo bem que ele quisesse essa vaga, mas somos o terceiro
maior partidos dos que formam a coligação, disputando a segunda posição
com o PT", destacou.
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