A presidente recebeu das mãos do goleiro Dida uma camisa do movimento Bom Senso F.C
Foto: Reprodução Instagram
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Crítica da gestão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e das declarações dos dirigentes da Fifa
sobre a Copa do Mundo no Brasil, a presidente Dilma Rousseff recebeu
nesta segunda-feira (26), no Palácio do Planalto, membros do movimento
de jogadores Bom Senso F.C. A cúpula da CBF nunca foi recebida pela
chefe do Executivo nacional.
O grupo de jogadores levou à presidente suas principais reivindicações,
sobretudo relativas ao atraso de salários nos clubes e ao calendário do futebol brasileiro.
Os atletas disseram ter ouvido que ela ficou "estarrecida com a falta
de compromisso" dos clubes brasileiros com a falta de pagamento.
"Uma das coisas que foram palavras da presidenta é de que ela está
estarrecida com a falta de compromisso dos clubes brasileiros. A
presidente não imaginava que existisse no Brasil, o país do futebol,
tantos clubes com salários atrasados", relatou Ruy Cabeção, jogador do Operário.
Também participaram da audiência em Brasília os jogadores Alex (Coritiba), Cris (sem clube), Gilberto Silva (sem clube), Juan (Internacional), Marcinho (Ituano), Dida (Internacional), Osmar (Red Bull Brasil), Ricardo Berna (Náutico) e Gasparino (sem clube). O encontro foi mediado pelo ministro do esporte Aldo Rebelo e
pelo secretário nacional do Futebol, Antônio Nascimento, e também teve a
participação do diretor executivo do Bom Senso F.C., Ricardo Martins.
Durante as reuniões, foram estabelecidas três diretrizes de trabalho para os próximos meses. São elas: o fortalecimento da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (que
estabelece punições a clubes, como rebaixamento, caso não prestem
contas das dívidas das entidades), regulamentação da participação de
atletas nas assembleias gerais das entidades e criação de um grupo de
trabalho para criar o Plano Nacional de Desenvolvimento do Futebol.
Segundo Nascimento, a lei que trata das dívidas dos clubes poderá
assegurar o pagamento em dia do salário dos jogadores, sob pena de
punição das entidades esportivas contempladas. Já o grupo de trabalho,
cujos objetivos serão concluídos a médio prazo, seria composto, além de
membros do Bom Senso, por representantes das entidades regionais e da
CBF, além do governo federal, por meio do Ministério do Esporte e
possivelmente o Ministério do Trabalho. O presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, não prevê alterações no formato do Brasileiro nem no calendário do futebol nacional, criticado pelo Bom Senso F.C.
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