Ao participar de ato que celebrou o compromisso com empregadores e
centrais sindicais para a melhoria das condições de trabalho durante a Copa do Mundo, a presidenta Dilma Rousseff defendeu que a promoção do trabalho decente não deve ser levantada apenas durante o Mundial.
Para a presidenta, a Copa é um momento especial para que sejam exibidos os avanços da sociedade brasileira
sobre o tema. “Em épocas passadas, não tínhamos de fato trabalho
decente aqui no Brasil, qualquer emprego bastava, qualquer ocupação
servia. Muitas vezes, as pessoas viviam no trabalho informal”, declarou a
presidenta durante a cerimônia.
Segundo Dilma, os principais desafios para o trabalho decente no Brasil passam
pela maior qualificação e condições igualitárias de emprego e renda.
“No caso das mulheres, nós sempre devemos lembrar da necessidade de
lutar por salário igual para trabalho igual. Para nossa população negra,
é muito importante que tenhamos foco nessa questão, um combate sem
tréguas ao trabalho escravo e ao racismo”, completou.
O evento desta quinta-feira (15) marcou a assinatura de empresas e
trabalhadores a dois compromissos que visam ao desenvolvimento de
iniciativas de aperfeiçoamento das condições de trabalho, de combate ao
trabalho infantil e contra a exploração sexual de crianças e
adolescentes. Eles terão até 31 de agosto para promoverem medidas que
assegurem a qualidade dos empregos, a economia solidária e a segurança e
a saúde no trabalho.
Segundo o assessor especial José Lopez Feijó, da Secretaria-Geral da Presidência da República,
cerca de 1,5 mil entidades já aderiram ao compromisso, e há a
expectativa que, ao todo, 6 mil instituições o façam. No próximo dia 3, a
secretaria-geral promoverá um seminário entre os membros dos comitês
que acompanharão o andamento das obras. Para Dilma, esse método de
diálogo com setores trabalhistas e representantes dos funcionários, como
a Central Única dos Trabalhadores, mostra que o governo não evita os
problemas, mas busca o caminho da solução.
Dilma defende Mundial
Ao defender mais uma vez que o Mundial será a “Copa das Copas”,
a presidenta disse que a competição deixará aos brasileiros um legado
que não poderá ser levado por nenhum turista de volta a seus países. “O
que eles podem levar na mala? É a garantia e a certeza de que este é um
país alegre e hospitaleiro. Pode levar isso na mala. Agora, os
aeroportos ficam para nós, as obras de mobilidade ficam para nós, os
estádios ficam pra nós”, declarou Dilma, que disse ser essa a questão
central do Mundial.
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