Russas.
Moradores deste município reclamam do aumento abusivo da conta de água e
questionam o valor do consumo registrado no hidrômetro, que segundo
eles, não corresponde com o consumo real. As reclamações vêm acontecendo
desde o mês de fevereiro. O Ministério Público pediu explicações à
Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), responsável pelo
fornecimento.
Parece que todas as tentativas de economizar água não esta
funcionando na casa de dona Francisca Muniz de Carvalho, que mora na Rua
Monsenhor João Luiz, bem no centro deste município. Ela lava roupa duas
vezes por semana, a água é reaproveitada para lavar a casa ou o
banheiro. Na hora do banho ela fiscaliza o tempo que cada um dos sete
moradores levam com o chuveiro aberto. Abrir e fechar as torneiras para
gastar só o necessário já virou rotina no dia a dia da casa.
Porém, parece que quanto mais dona Francisca economiza, mais ela
gasta. Pelo menos é o que vem indicando a conta de água dos últimos três
meses. Em Janeiro a conta de água e esgoto veio cobrando R$ 120,26.
Desse valor R$ 74 era somente com o consumo de água e pouco mais de R$
46 relativa à cobrança pela taxa de esgoto, que varia de acordo com o
consumo. “Neste mês, eu já estranhei, porque a conta não costuma vir
esse valor. Geralmente eu pago uns R$ 70 ou R$ 80 na conta toda”, conta.
Em fevereiro a conta veio com o valor de R$ 194, Francisca conta que
procurou o escritório da Cagece em Russas para reclamar. A conta foi
reajustada e ela pagou R$ 99,82. No mês de março, a surpresa foi ainda
maior, a conta do mês cobrou um valor de R$ 213,00 sendo R$ 125,51 pelo
consumo de água e R$ 88 pelo esgoto.
De acordo com o promotor de justiça de Russas, João Batista Sales
Rocha, apesar de apenas uma pessoa ter prestado queixa do aumento da
cobrança junto ao Decon, ele informou que tem o conhecimento de que o
problema não é pontual e que, nos últimos tempos, passou a ser uma
queixa bastante frequente.
“Além de mandar instaurar procedimento administrativo nós solicitamos
explicações para a Cagece sobre o problema dessas exorbitâncias na
cobrança. No caso dele (que apresentor a queixa) prazo para até o final
desta semana”, afirmou.
Segundo o promotor, a primeira coisa a ser feita nesses casos é
procurar a própria empresa, para obter explicação formal sobre o porquê
do aumento e tentar resolver com a própria Cagece. “Se isso não for
possível ou se a providencia que eles tomarem não forem suficientes, o
consumidor pode procura o Ministério Público para apresentar o problema e
fazer uma queixa”, explica João Batista. De acordo com a Cagece, existe
a possibilidade refaturamento quando for o caso e que, devido ao volume
de clientes, a Companhia está estudando a possibilidade de haver alguma
anormalidade.
por
Ellen Freitas
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