quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Padre Fábio apoia união civil gay

Brasília. Internautas de todo o País estão repercutindo nas redes sociais a declaração do padre Fábio de Melo em apoio ao casamento civil gay. O religioso tratou sobre o tema durante o programa Altas Horas, que foi ao ar pela Rede Globo na madrugada do último domingo (19).

O padre surpreendeu os telespectadores ao apoiar a união civil de casais homossexuais e a separação entre a religião e os direitos civis FOTO: KID JÚNIOR

O padre surpreendeu os telespectadores ao apoiar a união civil de casais homossexuais e a separação entre a religião e os direitos civis. "A gente precisa dividir bem a questão. Uma é a questão religiosa, o posicionamento das religiões, que têm todo o direito de não aceitar, de não ser a favor. É um direito de cada religião. Se você faz parte daquela religião, daquela instituição, você vai submeter-se à regra. Só que há também a questão cível, que não podemos interferir, que não é religiosa, que é o direito de duas pessoas reconhecerem uma sociedade que existe entre elas", respondeu.

Padre Fábio de Melo, que também é artista, escritor e professor universitário, com pós-graduação em educação, defendeu indiretamente o estado laico e explicou que a união civil entre pessoas do mesmo sexo é diferente do casamento religioso. Ele ainda disse que outros religiosos deveriam fazer esta distinção.
"Acredito que o esclarecimento que precisamos ter, como líderes religiosos, é justamente a distinção. Se você quiser, pode chamar isso de casamento ou não, mas (se trata) de uma união que esteja civilmente amparada, para que as pessoas possam garantir direitos que não são religiosos. São duas coisas diferentes", defendeu.

Polêmica
O tema deve voltar a ganhar destaque nos debates da campanha eleitoral deste ano. Nem sempre os candidatos são favoráveis à distinção feita pelo padre artista.

Foi o caso da a ex-senadora Marina Silva, na campanha presidencial de 2010, quando concorria pelo PV. Evangélica, a fundadora da Rede Sustentabilidade, hoje cotada para ser vice do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na chapa do PSB, fez declarações nas quais confundia a questão religiosa com a civil.

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