quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Licença é moeda de troca em ano eleitoral


A Assembleia Legislativa terminou 2013 com seis suplentes assumindo vagas deixadas pelos titulares que se licenciaram para tratar de problemas de saúde ou assuntos pessoais. No entanto, com o retorno das atividades legislativas a partir do dia 3 de fevereiro, o número de suplentes será reduzido pela metade, com o retorno de Roberto Mesquita (PV), Ely Aguiar (PSDC) e Lula Morais (PCdoB).
 
O deputado Ely Aguiar (PSDC) volta da licença depois do recesso parlamentar. Em seu lugar, assumia temporariamente Florentino Ribeiro. Foto: José Leomar

Apesar do retorno dos titulares, alguns outros parlamentares já estão negociando para entrarem de licença nos próximos meses, visando dar maior visibilidade para os suplentes de suas legendas, assim como para trabalhar suas campanhas em prol da reeleição de seus mandatos.

Líder do bloco político formado por PTdoB, PTB, PHS, PMN e PCdoB, o deputado Mário Hélio afirmou que ele irá tirar licença para dar oportunidade a um suplente. O primeiro suplente do PMN, mesmo tendo saído do partido para ingressar no PPS, é Tomás Holanda, que já esteve na Assembleia durante o ano de 2013 e deve retornar para ficar na vaga deixada por Hélio.


“Nós temos acordos e não fazemos política sem suplente. É uma luta de todo mundo, onde todo mundo se ajuda mutuamente”, salientou. Júlio César Filho (PTN), vice-líder da bancada PMDB, PSDC, PTN e PRP disse que o seu partido está analisando a possibilidade de licença. “Estamos conversando para ver se há a possibilidade de licença. Os suplentes estão conversando conosco e vamos ver com os nossos presidentes em nível estadual, assim como manter diálogo com o presidente da Casa”.

O PTN fez coligação com o PTdoB e PRTB durante as eleições de 2010, e no ano passado, Paulo Facó, do PTdoB já havia se licenciado, e no lugar dele ficou a deputada Fátima Leite, na ocasião no PRTB. “Estou analisando (se tira licença). Depende de algumas conveniências e interesses partidários. Para o bem da coligação é possível que tire” disse Júlio César.

Vice-líder do PT na Assembleia, o deputado Dedé Teixeira afirmou que, por enquanto, não há qualquer sinalização para que algum membro do partido se licencie. Visto que faz parte de uma coligação com PRB, PT, PMDB e PSB e precisa analisar algumas condicionantes.

Retorno

“Há uma expectativa que o Ivo (Gomes) volte e o Nelson (Martins) não é candidato. Então o Ivo voltando, o primeiro suplente, que é o Antônio Carlos sai”, disse ele, lembrando que algo mais aprofundado só será debatido quando do retorno dos trabalhos legislativos.

“Não é uma decisão só da bancada do PT, mas de toda uma aliança. Depende da chapa de 2010”, salientou o petista ressaltando que a coligação elegeu 18 parlamentares para a Casa. O líder do Solidariedade na Assembleia, deputado Fernando Hugo, afirmou que no partido não haverá qualquer mudança em 2014, e caso isso ocorra, ele se comprometeu a cumprir as exigências regimentais.

Já o líder do PSD na Casa, o deputado Nenen Coelho, que é suplente da sigla e está no lugar de Rogério Aguiar, licenciado desde novembro do ano passado. Na época, Aguiar disse que iria cuidar de suas empresas que estariam precisando dele. Nenen Coelho disse que não há definição nenhuma sobre o tema na bancada da legenda.

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