O município é um dos quatro pontos da costa cearense apontados como viáveis em estudo da Transpetro
O
município de Camocim volta a ser alvo de interesse de investidores que
pretendem construir, no local, indústrias na área naval. Além do
estaleiro de grande porte que está sendo estudado pela empresa russa JSC
Shipbulding & Shiprepair Technology Center (SSTC), agora um outro
projeto, este voltado para a construção de uma planta de fabricação de
iates, está sendo tocado pelo empresário brasileiro e ex-automobilista
Nelson Piquet.
No Estado, Camocim é a área viável que envolve menos custos FOTO: NATINHO RODRIGUES
A
demanda para a instalação do empreendimento no município foi recebida
pelo governador Cid Gomes, segundo informou ele ao Diário do Nordeste.
"Nós estamos adquirindo uma área lá, já está negociada para que esse
estaleiro possa ser instalado em Camocim", adiantou o governador, que
não precisou, contudo, o valor do investimento.
Viabilidade
O
município, distante cerca de 360 quilômetros de Fortaleza, é um dos
quatro pontos da costa cearense apontados por estudo da Transpetro como
viáveis para a instalação de um estaleiro de grande porte. Entre as
áreas apontadas pela estatal subsidiária da Petrobras, Camocim teria a
vantagem de ser aquela que envolveria menores custos de investimento
para a instalação de uma indústria naval. Caso se concretize, este será o
segundo estaleiro de iates no Ceará. O Estado já possui, há 45 anos, a
Indústria Naval do Ceará (Inace), localizada em Fortaleza e que, desde a
década de 1980, produz este tipo de embarcação, além de barcos de pesca
e navios patrulha. Nelson Piquet, inclusive, é cliente da Inace, já
tendo reparado seu iate no estaleiro cearense. Agora, pelo que pretende,
deverá ser concorrente da empresa.
Estaleiro russo
Já
em relação ao estaleiro russo no município, o governador afirmou que o
contato com a empresa foi realizado pelo deputado estadual Sérgio
Aguiar, que levou os empresários para encontro com o presidente da
Transpetro, Sergio Machado. O estaleiro tem um valor estimado em R$ 300
milhões, e há a expectativa de que, ainda neste mês, seja assinado um
memorando de entendimentos entre a empresa e a Agência de
Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), em São Petesburgo, onde o
grupo está sediado. A SSTC, que tem experiência na indústria naval por
meio da construção de navios de grande porte e submarinos, além de
reparação de embarcações, está elaborando uma carta de investimentos,
que será entregue à Transpetro para análise. Após análise dos documentos
e da carta de investimentos, a Transpetro avaliará se a empresa é
idônea e se possui capacidade para empreender o projeto.
Para
investir nele, entretanto, a JSC SSTC deverá passar por um processo
licitatório para o fornecimento de embarcações petroleiras à estatal.
SÉRGIO DE SOUSA
REPÓRTER
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