Ao defender o trabalho que o
governador Cid Gomes (PSB) vem realizando à frente do Ceará, o irmão
dele, o ex-deputado federal Ciro Gomes (PSB), afirmou que pensar na
continuidade do projeto em curso no Estado é mais importante do que
discutir nomes para a sucessão em 2014. “Em vez de ficar Chico, Manoel,
‘rola-bosta’, quem é que vai ser o candidato, nós vamos defender um
conjunto de ideias e ver quem é mais capaz, mais coerente, de fazer isso
acontecer pro povo do Ceará”, disse Ciro, durante o ato ecumênico em
comemoração aos 50 anos de Cid, na última sexta-feira, 3.
Em
seguida, pontuou que “rola-bosta” é a forma como tipo de besouro é
popularmente conhecido - trata-se da espécie Digitonthophagus gazella.
“Não é por nada não”, riu-se Ciro, ao brincar com a hipótese de tal
inseto como possível alternativa a substituir seu irmão no Palácio da
Abolição.
O ex-deputado garantiu que nem ele, nem Cid serão
candidatos nas próximas eleições e mencionou a possibilidade de
indicação de nome do próprio PSB para a disputa. “Não podemos fazer isso
como imposição, mas dialogando com os parceiros, conversando
fraternalmente e sem qualquer tipo de imposição. Respeitando a justa
pretensão de quem deseja, quer ser candidato, e colocar também nossa
justíssima proposição de ter um nome nosso do PSB para a candidatura do
governo”, argumentou Ciro.
Para ele, o PSB se qualificou para
isso ao longo da gestão de Cid, basta ver a obra “extraordinária” que
tem sido realizada. “Basta ver a bancada estadual, federal, o presidente
da Assembleia Legislativa (Zezinho Albuquerque), a Prefeitura de
Fortaleza (Com Roberto Cláudio). Sem desmerecer ninguém, o projeto tem
uma ideia, tem um projeto para o Ceará”, disse, destacando a
possibilidade de dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.
Ao
mesmo tempo em que elogiou obras de Cid, Ciro mencionou também o
desafio da segurança pública. “Precisamos restaurar os padrões de
disciplina do corpo policial do Ceará, hoje apodrecido, infestado de
marginais, a serviço de um projeto político salafrário. Isso tudo é
coisa grave”, disparou.
Cenário nacional
Sobre
a sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT), Ciro afirmou que antes de
lançar candidatura própria o PSB deve responder a perguntas como “por
quê” e “para quê”. Na opinião dele, o Brasil vive “vazio dramático de
ideias” e não quer ideias oportunistas de véspera.
A
oportunidade de o PSB lançar candidatura própria, conforme Ciro, foi
quando Dilma ainda era desconhecida, em 2010, e representava “o risco de
potencial fracasso”. Hoje, como ele diz, Dilma tem aprovação recorde.
“Mais grave de tudo, participamos do governo. É bem verdade que
acocorado embaixo da mesa desse banquete fisiológico e clientelista da
coalizão que PT e PMDB mantêm. PSB não tem a menor influência no
Governo, mas o fato é que nós estamos lá participando”.
Em
2010, Ciro defendeu com ênfase a própria candidatura, mas teve a
pretensão barrada pela direção nacional da legenda, que agora cogita
lançar como candidato a presidente seu dirigente nacional, Eduardo
Campos.
Quem
ENTENDA A NOTÍCIA
Sem
candidato natural à sucessão estadual, várias opções surgem na base do
governador, como o ministro Leônidas Cristino, os secretários Mauro
Filho e Izolda Cela e o senador Eunício Oliveira (PMDB).
Serviço
PSB no Ceará
Onde: rua Juvenal de Carvalho, 540, Bairro de Fátima, Fortaleza-CE
Telefones: (85) 3254 2147 e 3253 7338
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