O objetivo é alcançar a marca de mil metros de renda no próximo ano. Se o feito for atingido, irá para o Guinness Book, o livro dos recordes. No entanto, mesmo depois disso, as rendeiras não querem parar o trabalho Fotos: Waleska Santiago |
Apesar das belezas naturais, um dos grandes destaques do litoral é o trabalho manual, as rendas
O mês de dezembro apenas começou, mas a movimentação turística em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza - nesses primeiros dias - já denuncia que a alta estação poderá, sim, ser bem aquecida. Apesar das muitas belezas naturais, o município conta, hoje, com um atrativo a mais: a maior renda do mundo.Com 930 metros já feitos, a meta é alcançar a marca de mil metros ainda em 2013. O trabalho pode ser visitado no Complexo Artesanal - conhecido como Casa das Rendeiras (Rodovia CE 040, Km 32), a 20 minutos de Fortaleza.
O feito, se atingido, ilustrará as páginas do famoso Guinness Book. "Quando a gente conseguir, além de ficarmos famosa, vamos poder divulgar mais e mais, pelo mundo a fora, nosso belo trabalho de rendas", afirma a rendeira Elandi Menezes. Entre uma venda e outra no seu box, ela prepara as habilidosas mãos e vai ´tricotar´ um pouco.
Esforço
Uma grande bobina de madeira envolve toda a peça, bordada nas cores rosa, azul, branca e amarela. A renda é do tipo grega. Faltam apenas 700 metros.
A produção da maior renda do mundo começou em janeiro de 2006. Lá se foram 72 meses.
Elandi conta com emoção todo o orgulho que sente pela gigantesca obra de arte. "Cada pedacinho de linha mostra um pouco da nossa garra e esforço. Mesmo depois que a gente bater o recorde, não quero parar de fazer, não", frisa Elandi Menezes. Assim como ela, as outras rendeiras relataram não querer cessar o trabalho. Que seja infinito.
A rendeira Lucielda de Freitas, 40, detalha que toda essa divulgação é uma forma de melhorar as vendas. A maioria das mulheres, segundo ela, tentam viver do trabalho manual, do pontilhar das agulhas de bilros.
"Está cada vez mais difícil viver a vida com renda. Quem valoriza mais é o turista. Entretanto, muitos ainda reclamam do preço alto. Se soubessem o trabalho que dá, não diriam isso", diz.
Encanto
A peça chama mesmo atenção de quem passa pelos corredores. A administradora Cleide Konz, 38, vinda de Santa Catarina, ficou encantada com as rendas, em especial a "maior do mundo". Achou tudo exótico. "Eu queria mesmo era levar um pedacinho para casa. Quando o Ceará ficar famoso no Guinness, eu terei um exemplar só meu", riu.
A renda quilométrica exige a dedicação de nada menos que 40 rendeiras de todas as idades. A almofada de rendar, instalada no centro, nunca fica sozinha: as rendeiras se revezam nas horas vagas para terminar o trabalho. A tradição das rendas e bordados é antiga no litoral cearense. Em Aquiraz, o turismo passou a mudar a face do município a partir da década de 1980, mas até hoje, a maioria da população vive da pesca e do artesanato.
Centro
O centro, também conhecido como Casa das Rendeiras, funciona desde 2001, com 72 lojinhas que comercializam além das rendas de bilro, filé e renascença; bordados em ponto cruz; redes de dormir; roupas bordadas (boleros, casacos, vestidos, saias, blusas, camisetas e saídas de praia) e iguarias, tais como castanhas e doces. O local foi reformada há cerca de quatro meses.
O mês de dezembro apenas começou, mas a movimentação turística em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza - nesses primeiros dias - já denuncia que a alta estação poderá, sim, ser bem aquecida. Apesar das muitas belezas naturais, o município conta, hoje, com um atrativo a mais: a maior renda do mundo.Com 930 metros já feitos, a meta é alcançar a marca de mil metros ainda em 2013. O trabalho pode ser visitado no Complexo Artesanal - conhecido como Casa das Rendeiras (Rodovia CE 040, Km 32), a 20 minutos de Fortaleza.
O feito, se atingido, ilustrará as páginas do famoso Guinness Book. "Quando a gente conseguir, além de ficarmos famosa, vamos poder divulgar mais e mais, pelo mundo a fora, nosso belo trabalho de rendas", afirma a rendeira Elandi Menezes. Entre uma venda e outra no seu box, ela prepara as habilidosas mãos e vai ´tricotar´ um pouco.
Esforço
Uma grande bobina de madeira envolve toda a peça, bordada nas cores rosa, azul, branca e amarela. A renda é do tipo grega. Faltam apenas 700 metros.
A produção da maior renda do mundo começou em janeiro de 2006. Lá se foram 72 meses.
Elandi conta com emoção todo o orgulho que sente pela gigantesca obra de arte. "Cada pedacinho de linha mostra um pouco da nossa garra e esforço. Mesmo depois que a gente bater o recorde, não quero parar de fazer, não", frisa Elandi Menezes. Assim como ela, as outras rendeiras relataram não querer cessar o trabalho. Que seja infinito.
A rendeira Lucielda de Freitas, 40, detalha que toda essa divulgação é uma forma de melhorar as vendas. A maioria das mulheres, segundo ela, tentam viver do trabalho manual, do pontilhar das agulhas de bilros.
"Está cada vez mais difícil viver a vida com renda. Quem valoriza mais é o turista. Entretanto, muitos ainda reclamam do preço alto. Se soubessem o trabalho que dá, não diriam isso", diz.
Encanto
A peça chama mesmo atenção de quem passa pelos corredores. A administradora Cleide Konz, 38, vinda de Santa Catarina, ficou encantada com as rendas, em especial a "maior do mundo". Achou tudo exótico. "Eu queria mesmo era levar um pedacinho para casa. Quando o Ceará ficar famoso no Guinness, eu terei um exemplar só meu", riu.
A renda quilométrica exige a dedicação de nada menos que 40 rendeiras de todas as idades. A almofada de rendar, instalada no centro, nunca fica sozinha: as rendeiras se revezam nas horas vagas para terminar o trabalho. A tradição das rendas e bordados é antiga no litoral cearense. Em Aquiraz, o turismo passou a mudar a face do município a partir da década de 1980, mas até hoje, a maioria da população vive da pesca e do artesanato.
Centro
O centro, também conhecido como Casa das Rendeiras, funciona desde 2001, com 72 lojinhas que comercializam além das rendas de bilro, filé e renascença; bordados em ponto cruz; redes de dormir; roupas bordadas (boleros, casacos, vestidos, saias, blusas, camisetas e saídas de praia) e iguarias, tais como castanhas e doces. O local foi reformada há cerca de quatro meses.
A média diária de visitantes no Complexo Artesanal de Aquiraz é de 600 pessoas, mas, em dezembro, a movimentação chega a dobrar Foto: Waleska Santiago |
"Qualidade é o maior diferencial"
O vai e vem no Complexo Artesanal de Aquiraz é intenso. Mas, em dezembro, a movimentação chega a dobrar. Por dia, a média de visitantes é 600 pessoas, segundo o gerente Dionathan Pacheco. "Já começamos a perceber esse crescimento. E é porque ainda não estamos no pico da alta estação", frisou o responsável pelo local, também conhecido como a Casa das Rendeiras.
Para Pacheco, os fins de semana não são os dias mais agitados. As empresas de turismo costumam trazer os estrangeiros - nacionais e internacionais - mais nos dias de quarta-feira e quinta.
Sucesso
"Temos contatos frequentes com as empresas turísticas. A visita ao Complexo Artesanal de Aquiraz já é destino certo de quem almeja conhecer o Ceará. Nossa renda é um grande atrativo. A qualidade dos serviços é, hoje, o nosso grande diferencial", detalha o gerente.
Com a reforma, o local possui agora uma nova estrutura. Uma cachaçaria e uma lanchonete foram implantadas no espaço.
A guia de turismo Alice Costa se diz entusiasmada com os prognósticos de visitação para dezembro. Segundo ela, a alta estação ainda mal conheceu e a vinda de turistas já está grande. "A qualidade e a paixão com que trabalhamos e mostramos a cidade é o nosso grande trunfo. O Ceará até tem coisas falhas, problemas de infraestrutura, mas viramos o jogo e mostramos só o belo", diz.
Para Alice Costa, a Casa das Rendeiras é ponto certo, é possível conhecer bem o que o estado tem de melhor: as rendas, as comidas e os costumes. "Com a Copa do Mundo, o turismo será cada vez mais e melhor".
Novidades
O turista Índio Branco, 69, oriundo de Curitiba, não se arrependeu de conhecer o município de Aquiraz. A praia e o artesanato são, segundo ele, de boa qualidade e bem criativos. "Já tinha vindo para o Ceará, mas hoje está tudo mais atrativo", finaliza.
O vai e vem no Complexo Artesanal de Aquiraz é intenso. Mas, em dezembro, a movimentação chega a dobrar. Por dia, a média de visitantes é 600 pessoas, segundo o gerente Dionathan Pacheco. "Já começamos a perceber esse crescimento. E é porque ainda não estamos no pico da alta estação", frisou o responsável pelo local, também conhecido como a Casa das Rendeiras.
Para Pacheco, os fins de semana não são os dias mais agitados. As empresas de turismo costumam trazer os estrangeiros - nacionais e internacionais - mais nos dias de quarta-feira e quinta.
Sucesso
"Temos contatos frequentes com as empresas turísticas. A visita ao Complexo Artesanal de Aquiraz já é destino certo de quem almeja conhecer o Ceará. Nossa renda é um grande atrativo. A qualidade dos serviços é, hoje, o nosso grande diferencial", detalha o gerente.
Com a reforma, o local possui agora uma nova estrutura. Uma cachaçaria e uma lanchonete foram implantadas no espaço.
A guia de turismo Alice Costa se diz entusiasmada com os prognósticos de visitação para dezembro. Segundo ela, a alta estação ainda mal conheceu e a vinda de turistas já está grande. "A qualidade e a paixão com que trabalhamos e mostramos a cidade é o nosso grande trunfo. O Ceará até tem coisas falhas, problemas de infraestrutura, mas viramos o jogo e mostramos só o belo", diz.
Para Alice Costa, a Casa das Rendeiras é ponto certo, é possível conhecer bem o que o estado tem de melhor: as rendas, as comidas e os costumes. "Com a Copa do Mundo, o turismo será cada vez mais e melhor".
Novidades
O turista Índio Branco, 69, oriundo de Curitiba, não se arrependeu de conhecer o município de Aquiraz. A praia e o artesanato são, segundo ele, de boa qualidade e bem criativos. "Já tinha vindo para o Ceará, mas hoje está tudo mais atrativo", finaliza.
IVNA GIRÃO
REPÓRTER
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