Ex-zagueiro de Ferrão e Fortaleza, Celso chegou ao ápice da carreira ao ganhar o mundial de clubes com o Porto/POR |
Celso Gavião no seu escritório na sede da Agap, onde atende ex-atletas FOTO: ALEX COSTA
Uma vida dedicada ao futebol. É o que se pode deduzir da história do ex-zagueiro Celso Gavião, hoje com 56 anos. Sua paixão pelo futebol começou aos dez, quando jogava peladas nos campos de areia, em Santos, até levá-lo ao título de campeão do mundo pelo Porto, de Portugal.Celso Dias dos Santos foi uma descoberta de Pepe, um dos atacantes que jogou com Pelé e que já foi treinador do Fortaleza, nos anos 1980. Pepe o viu jogando e o levou para o dente-de-leite do Santos. Naquela época, na década de 1970, já havia campeonato da categoria transmitido pela TV Tupi. Do Santos, um ex-ponta-esquerda chamado Mingo o levou para o Guarani/SP.
Primeiro título
Do Bugre campineiro, Celso se transferiu para o Botafogo de Ribeirão Preto e depois para o Grêmio Maringá/PR, onde foi campeão estadual em 1977. No fim daquele ano, Celso retornou ao Botafogo de Ribeirão Preto/SP, onde teve o privilégio de conviver com o doutor Sócrates, ídolo do Corinthians, Flamengo e Seleção. Ele se profissionalizou no Botinha, onde ficou até quase o ano de 1978 acabar.
Celso teve a sua primeira passagem pelo Fortaleza naquela temporada, quando se sagrou vice-campeão cearense. No ano seguinte, foi para o Ferroviário, onde se sagrou campeão, num dos títulos mais lembrados por todos no clube coral.
Uma vida dedicada ao futebol. É o que se pode deduzir da história do ex-zagueiro Celso Gavião, hoje com 56 anos. Sua paixão pelo futebol começou aos dez, quando jogava peladas nos campos de areia, em Santos, até levá-lo ao título de campeão do mundo pelo Porto, de Portugal.Celso Dias dos Santos foi uma descoberta de Pepe, um dos atacantes que jogou com Pelé e que já foi treinador do Fortaleza, nos anos 1980. Pepe o viu jogando e o levou para o dente-de-leite do Santos. Naquela época, na década de 1970, já havia campeonato da categoria transmitido pela TV Tupi. Do Santos, um ex-ponta-esquerda chamado Mingo o levou para o Guarani/SP.
Primeiro título
Do Bugre campineiro, Celso se transferiu para o Botafogo de Ribeirão Preto e depois para o Grêmio Maringá/PR, onde foi campeão estadual em 1977. No fim daquele ano, Celso retornou ao Botafogo de Ribeirão Preto/SP, onde teve o privilégio de conviver com o doutor Sócrates, ídolo do Corinthians, Flamengo e Seleção. Ele se profissionalizou no Botinha, onde ficou até quase o ano de 1978 acabar.
Celso teve a sua primeira passagem pelo Fortaleza naquela temporada, quando se sagrou vice-campeão cearense. No ano seguinte, foi para o Ferroviário, onde se sagrou campeão, num dos títulos mais lembrados por todos no clube coral.
Celso Gavião, o terceiro da esquerda para a direita, de pé, foi campeão do mundo pelo Clube do Porto, mostrando talento FOTO: ALEX COSTA/REPRODUÇÃO |
De maneira frenética, a carreira de Celso continuou vitoriosa. Ele ficou no Ferrão até 1980, depois atuou no Vasco da Gama.
Só que em 1981, um acontecimento iria dar um rumo na carreira de Celso. Ele sofreu uma contusão no joelho e passou quase um ano parado. "Naquele período, refleti: ´preciso ter uma outra fonte de renda paralela, para quando eu parar de jogar futebol´. Assim, comecei a guardar um pouco mais o dinheiro que ganhava e procurei fazer cursos", recorda ele. Gavião ainda atuou no Fortaleza no primeiro semestre de 1982, mas, ao jogar contra o Bahia, em Salvador, foi observado pelo técnico vascaíno Antônio Lopes, que o levou de volta ao Rio de Janeiro.
Campeão do Mundo
O título de campeão carioca em 1982 pelo Vasco, já com Celso atuando normalmente, ajudou a turbinar sua carreira. Em 1983, foi a vez de se transferir para o Atlético/PR, pelo qual foi bicampeão paranaense. Na sequência, veio o Santa Cruz no seu currículo. Passou depois para o Bahia, em 1985, quando fez um bom campeonato brasileiro, despertando a atenção do Futebol Clube do Porto/POR.
Levado para o Porto, Celso viveu uma fase de ouro na sua carreira. Sagrou-se campeão europeu, campeão mundial em 1987, da Taça das Taças, entre outras conquistas. "Foi o clube em que mais ganhei títulos e por isso tenho um carinho muito especial pelo Porto. Porém, o mais importante é a Liga dos Campeões da Europa. Ser campeão europeu era mais importante do que ser campeão mundial. Especialmente naquela época, em que era só um jogo de um campeão europeu com um campeão sul-americano (no Mundial)".
Celso orgulha-se de ter participado de um jogo festivo ao lado de Maradona e Michel Platini, pela Seleção do Mundo contra a Inglaterra. "Foi no estádio de Wembley e o Pelé compareceu para assistir. Foi um acontecimento maravilhoso, que nunca esqueci", recorda, saudoso.
Agap
Hoje, Celso Gavião, além de estar há 19 anos no ramo da panificação (possui uma padaria), é o presidente da Associação de Garantia ao Atleta Profissional (Agap). Celso dirige a entidade ao lado de outros ex-atletas que entendem a situação dos jogadores, principalmente os que encerram a carreira. Ex-jogadores como Cícero Capacete, Joãozinho, Alexandre, Tangerina (hoje veterinário), lhe ajudam na missão.
A AGAP, com recursos dos filiados e da FAAP, Fundação de Assistência ao Atleta Profissional, dão suporte a ex-jogadores oferecendo plano de saúde, cursos em várias áreas, cestas básicas aos que mais necessitam, entre vários outros serviços. Até jogadores da ativa se beneficiam, como o goleiro Jéfferson, do Horizonte, e o volante Leandro, do Fortaleza, que fazem faculdades com auxílio da AGAP.
"Sinto-me feliz na AGAP, onde encontro vários amigos, muitos ex-jogadores, que ajudam os outros. Muitos atletas, quando encerram a carreira, entram em depressão, mas podem contar com toda a diretoria", diz.
Um outro Babá inesquecível
Babá, o último atleta dos que estão agachados, da esquerda para a direita, formou o grande time do Ferrão campeão de 1979 FOTO: ALCIDES FREIRE/REPRODUÇÃO
Babá na atualidade, tomando conta do ponto de venda que o tornou mais conhecido daqueles que passam pela Avenida João Pessoa FOTO: ALCIDES FREIRE
O futebol cearense, pródigo em revelar talentos, teve o privilégio de ter pelo menos dois Babás bons de bola e queridos pela torcida. O primeiro, Mário Braga Gadelha, jogou no Flamengo e quase disputou a Copa do Mundo de 1958, já falecido.
Em seguida um outro jogou pelo Ceará. O segundo Babá, cujo nome completo é Francisco das Chagas Martins Viana, hoje com 57 anos, também tem uma bela história no futebol local e ainda hoje distribui sua simpatia. Ele recebeu esse apelido do antigo lateral-direito Betão, seu contemporâneo de escolinha do Ceará, em 1966.
O Babá em questão foi ponta esquerda dos dribladores, daqueles que o futebol moderno tratou de sepultar nos esquemas táticos defensivos. "Jogava para cima do lateral. Muitas vezes driblava em velocidade, mas quando chegava na linha de fundo e olhava para a área, não tinha ninguém ainda. Então, eu voltava com a bola e driblava de novo o lateral até aparecer alguém", diz Babá, relembrando alguns aspectos do futebol antigo.
Títulos
O ex-ponta foi bicampeão pelo Ceará em 1975 e 1976. Nos anos seguintes - 1977, 1978 e 1979 -, Babá permaneceu no Ferroviário, sagrando-se campeão cearense. "Era um grande time aquele do Ferroviário, com Celso Gavião, Paulo Maurício, Jacinto, Lúcio, Cícero Capacete, Edmundo Silveira, que hoje está no Ceará, Ricardo Fogueira, entre outros", relembra perfeitamente Babá.
Em Natal
Após brilhar no futebol cearense, Babá foi para o ABC de Natal. O time estava há quatro anos sem um título estadual. O América já partia para o pentacampeonato quando o técnico do Alvinegro potiguar, Erandy Montenegro, requisitou Babá e a equipe voltou abecedista a ser campeã.
Depois da conquista pelo time potiguar, retornou ao Ferroviário, seguiu para Sampaio Corrêa/MA, Treze de Campina Grande e depois Calouros do Ar, onde encerrou a carreira.
Vida simples
Babá afirma que, na sua época, ninguém ganhava dinheiro no futebol. Lembra que Zé Eduardo, então meia afamado do Ceará, ganhava 30 mil cruzeiros, era o maior salário, e ele, Babá, ganhava menos da metade. Mesmo assim, considera que tinha um bom salário. Hoje, Babá leva uma vida simples. Tem uma venda de bombons e salgados, na Avenida João Pessoa. A sua freguesia é grande, pelo que se pôde observar do movimento.
Na atual realidade, o ex-atleta tenta a aposentadoria, que já foi encaminhada, para completar o orçamento.
IVAN BEZERRA/VLADIMIR MARQUESREPÓRTERES
Babá, o último atleta dos que estão agachados, da esquerda para a direita, formou o grande time do Ferrão campeão de 1979 FOTO: ALCIDES FREIRE/REPRODUÇÃO
Babá na atualidade, tomando conta do ponto de venda que o tornou mais conhecido daqueles que passam pela Avenida João Pessoa FOTO: ALCIDES FREIRE
O futebol cearense, pródigo em revelar talentos, teve o privilégio de ter pelo menos dois Babás bons de bola e queridos pela torcida. O primeiro, Mário Braga Gadelha, jogou no Flamengo e quase disputou a Copa do Mundo de 1958, já falecido.
Em seguida um outro jogou pelo Ceará. O segundo Babá, cujo nome completo é Francisco das Chagas Martins Viana, hoje com 57 anos, também tem uma bela história no futebol local e ainda hoje distribui sua simpatia. Ele recebeu esse apelido do antigo lateral-direito Betão, seu contemporâneo de escolinha do Ceará, em 1966.
O Babá em questão foi ponta esquerda dos dribladores, daqueles que o futebol moderno tratou de sepultar nos esquemas táticos defensivos. "Jogava para cima do lateral. Muitas vezes driblava em velocidade, mas quando chegava na linha de fundo e olhava para a área, não tinha ninguém ainda. Então, eu voltava com a bola e driblava de novo o lateral até aparecer alguém", diz Babá, relembrando alguns aspectos do futebol antigo.
Títulos
O ex-ponta foi bicampeão pelo Ceará em 1975 e 1976. Nos anos seguintes - 1977, 1978 e 1979 -, Babá permaneceu no Ferroviário, sagrando-se campeão cearense. "Era um grande time aquele do Ferroviário, com Celso Gavião, Paulo Maurício, Jacinto, Lúcio, Cícero Capacete, Edmundo Silveira, que hoje está no Ceará, Ricardo Fogueira, entre outros", relembra perfeitamente Babá.
Em Natal
Após brilhar no futebol cearense, Babá foi para o ABC de Natal. O time estava há quatro anos sem um título estadual. O América já partia para o pentacampeonato quando o técnico do Alvinegro potiguar, Erandy Montenegro, requisitou Babá e a equipe voltou abecedista a ser campeã.
Depois da conquista pelo time potiguar, retornou ao Ferroviário, seguiu para Sampaio Corrêa/MA, Treze de Campina Grande e depois Calouros do Ar, onde encerrou a carreira.
Vida simples
Babá afirma que, na sua época, ninguém ganhava dinheiro no futebol. Lembra que Zé Eduardo, então meia afamado do Ceará, ganhava 30 mil cruzeiros, era o maior salário, e ele, Babá, ganhava menos da metade. Mesmo assim, considera que tinha um bom salário. Hoje, Babá leva uma vida simples. Tem uma venda de bombons e salgados, na Avenida João Pessoa. A sua freguesia é grande, pelo que se pôde observar do movimento.
Na atual realidade, o ex-atleta tenta a aposentadoria, que já foi encaminhada, para completar o orçamento.
IVAN BEZERRA/VLADIMIR MARQUESREPÓRTERES
Nenhum comentário:
Postar um comentário