Daniel Dias e seus seis ouros FOTOS: DIVULGAÇÃO/CPB E REUTERS |
Brasil conquista 21 ouros, fica entre os sete primeiros do quadro de medalhas e tem melhor desempenho da história
Um fim de semana digno de potência paralímpica colocou o Brasil em 7º lugar no quadro geral de medalhas da Paralimpíada de Londres. A 21ª medalha de ouro do País nos Jogos, conquistada pelo atleta Tito Sena na maratona ontem, além das cinco obtidas no último sábado, 8, fechou a competição para os brasileiros em grande estilo.
A delegação brasileira ganhou o posto da Alemanha e cumpriu a meta estabelecida antes da competição pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Ontem, na coletiva de imprensa de encerramento dos Jogos, o presidente da entidade, Andrew Parsons, comemorou o resultado. "Estamos muito satisfeitos com a obtenção do objetivo geral, que era ficar em sétimo lugar ao fim dos Jogos", exaltou.
"Mas, além disso - e isso não havíamos tornado público - , nossa conta interna ficava entre 19 e 21 medalhas de ouro e conseguimos 21", relatou o dirigente, que já havia avisado que o trabalho visava o incremento do número de primeiros lugares.
Em relação a Pequim-2008, foram cinco medalhas douradas a mais. Entretanto, a delegação brasileira deixa a Inglaterra com 43 medalhas no total, quatro a menos que na última edição.
Questionado sobre se o CPB não estaria esquecendo o real sentido do apoio ao para-desporto, que se baseia na inclusão social de pessoas com deficiência, para priorizar a competição, o esporte de alto rendimento, Parsons se defendeu.
A delegação brasileira ganhou o posto da Alemanha e cumpriu a meta estabelecida antes da competição pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Ontem, na coletiva de imprensa de encerramento dos Jogos, o presidente da entidade, Andrew Parsons, comemorou o resultado. "Estamos muito satisfeitos com a obtenção do objetivo geral, que era ficar em sétimo lugar ao fim dos Jogos", exaltou.
"Mas, além disso - e isso não havíamos tornado público - , nossa conta interna ficava entre 19 e 21 medalhas de ouro e conseguimos 21", relatou o dirigente, que já havia avisado que o trabalho visava o incremento do número de primeiros lugares.
Em relação a Pequim-2008, foram cinco medalhas douradas a mais. Entretanto, a delegação brasileira deixa a Inglaterra com 43 medalhas no total, quatro a menos que na última edição.
Questionado sobre se o CPB não estaria esquecendo o real sentido do apoio ao para-desporto, que se baseia na inclusão social de pessoas com deficiência, para priorizar a competição, o esporte de alto rendimento, Parsons se defendeu.
"Os bons resultados nas Paralimpíadas são apenas uma parte do nosso trabalho, que vai continuar trabalhando da mesma maneira a base, a começar pelas Paralimpíadas Escolares", prometeu o dirigente.
O cearenses Maciel Santos ouro na bocha
Em sua explanação, o dirigente fez ainda uma balanço positivo do desempenho do Brasil nas 18 modalidades que contaram com atletas do País.
Como destaques, ele apontou o crescimento em modalidades como a bocha (três ouros e um bronze), o goalball (prata no masculino), o atletismo (conquistou quatro ouros, mesmo número que já havia obtido em toda a história) e a esgrima (ouro com Jovane Guissone).
Porém, também apontou algumas falhas de execução em esportes como halterofilismo, remo, basquete e vela, que ainda têm muito o que melhorar.
Mesmo com resultados que considera expressivos - o País, hoje, está inserido num seleto grupo de dez países que detêm 64% das medalhas paralímpicas -, Parsons afirmou que sente falta do apoio da iniciativa privada.
Ele exaltou, em contrapartida, a força recebida do governo federal. Tal reforço, por sinal, deve chegar a R$ 300 milhões até os Jogos do Rio-2016, quase o dobro do último ciclo paraolímpico (R$ 165 milhões).
O cearenses Maciel Santos ouro na bocha
Em sua explanação, o dirigente fez ainda uma balanço positivo do desempenho do Brasil nas 18 modalidades que contaram com atletas do País.
Como destaques, ele apontou o crescimento em modalidades como a bocha (três ouros e um bronze), o goalball (prata no masculino), o atletismo (conquistou quatro ouros, mesmo número que já havia obtido em toda a história) e a esgrima (ouro com Jovane Guissone).
Porém, também apontou algumas falhas de execução em esportes como halterofilismo, remo, basquete e vela, que ainda têm muito o que melhorar.
Mesmo com resultados que considera expressivos - o País, hoje, está inserido num seleto grupo de dez países que detêm 64% das medalhas paralímpicas -, Parsons afirmou que sente falta do apoio da iniciativa privada.
Ele exaltou, em contrapartida, a força recebida do governo federal. Tal reforço, por sinal, deve chegar a R$ 300 milhões até os Jogos do Rio-2016, quase o dobro do último ciclo paraolímpico (R$ 165 milhões).
Revisão da meta
Apesar da comemoração pelo resultado em Londres, o CPB pode rever a meta de ficar em 5º lugar no quadro geral de medalhas nos Jogos do Rio-2016. É que a distância de desempenho foi considerável em relação a Estados Unidos (6º, com 31 ouros) e Austrália (5°, com 32). Para se ter uma ideia, o time da Oceania obteve um aumento assustador de campeões em Londres (nove ouros a mais que em Pequim), o que faz com que Parsons admita a realização de novas projeções.
Apesar da comemoração pelo resultado em Londres, o CPB pode rever a meta de ficar em 5º lugar no quadro geral de medalhas nos Jogos do Rio-2016. É que a distância de desempenho foi considerável em relação a Estados Unidos (6º, com 31 ouros) e Austrália (5°, com 32). Para se ter uma ideia, o time da Oceania obteve um aumento assustador de campeões em Londres (nove ouros a mais que em Pequim), o que faz com que Parsons admita a realização de novas projeções.
Começa o ciclo do Rio-2016
Com o espetáculo intitulado "Festival da Chama" e cicerones como a banda inglesa Coldplay e os cantores Rihanna e Jay-Z, um espetáculo musical repleto de cores fechou os Jogos Paralímpicos de Londres na noite de ontem.
Festa de encerramento teve participação brasileira, com direito a dançarinos de frevo, durante os oito minutos de apresentação cultural, e passagem da bandeira paralímpica para as mãos do prefeito do Rio, Eduardo Paes
O show contou com uma narrativa representando as quatro estações do ano, ou seja, o fim de um ciclo e o começo de outro, com os Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016, tomando para si a posse da bandeira paralímpica nos próximos quatro anos.
Logo no início da cerimônia, ao som de "Life in Technicolor", do Coldplay, o velocista Alan Fonteles carregou o pavilhão brasileiro no desfile das bandeiras das 164 nações que competiram nos Jogos, que juntas formaram um grande coração colorido, ladeado por fogo.
A parte seguinte do espetáculo foi reservada para a passagem da bandeira paralímpica para o Rio de Janeiro. O prefeito de Londres, Boris Johnson, entregou-a nas mãos do presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Philip Craven, que por sua vez repassou-a ao prefeito carioca Eduardo Paes.
Com os mesmos oito minutos reservados para a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos, mês passado, a parte musical do show brasileiro - dirigido por Daniela Thomas e Cao Hamburguer -, ficou a cargo de Carlinhos Brown, Thalma de Freitas e os Paralamas do Sucesso, cujo vocalista, Herbert Viana, coincidentemente, é cadeirante.
A festa foi encerrada pelo Coldplaym, ao som da canção "The Scientist" e um clipe repleto de belas imagens que os Jogos deixaram. Uma clara mensagem ao povo brasileiro para que se "atreva" a fazer algo similar nos próximos quatro anos.
Com o espetáculo intitulado "Festival da Chama" e cicerones como a banda inglesa Coldplay e os cantores Rihanna e Jay-Z, um espetáculo musical repleto de cores fechou os Jogos Paralímpicos de Londres na noite de ontem.
Festa de encerramento teve participação brasileira, com direito a dançarinos de frevo, durante os oito minutos de apresentação cultural, e passagem da bandeira paralímpica para as mãos do prefeito do Rio, Eduardo Paes
O show contou com uma narrativa representando as quatro estações do ano, ou seja, o fim de um ciclo e o começo de outro, com os Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016, tomando para si a posse da bandeira paralímpica nos próximos quatro anos.
Logo no início da cerimônia, ao som de "Life in Technicolor", do Coldplay, o velocista Alan Fonteles carregou o pavilhão brasileiro no desfile das bandeiras das 164 nações que competiram nos Jogos, que juntas formaram um grande coração colorido, ladeado por fogo.
A parte seguinte do espetáculo foi reservada para a passagem da bandeira paralímpica para o Rio de Janeiro. O prefeito de Londres, Boris Johnson, entregou-a nas mãos do presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Philip Craven, que por sua vez repassou-a ao prefeito carioca Eduardo Paes.
Com os mesmos oito minutos reservados para a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos, mês passado, a parte musical do show brasileiro - dirigido por Daniela Thomas e Cao Hamburguer -, ficou a cargo de Carlinhos Brown, Thalma de Freitas e os Paralamas do Sucesso, cujo vocalista, Herbert Viana, coincidentemente, é cadeirante.
A festa foi encerrada pelo Coldplaym, ao som da canção "The Scientist" e um clipe repleto de belas imagens que os Jogos deixaram. Uma clara mensagem ao povo brasileiro para que se "atreva" a fazer algo similar nos próximos quatro anos.
Na maratona, Tito Sena leva o último ouro
O brasileiro Tito Sena venceu a maratona dos Jogos Paralímpicos de Londres, ontem, pela categoria, T46, e conquistou a 21ª medalha de ouro do Brasil na competição, com o tempo de 2h30min40s. O maratonista mostrou grande superação na prova e alcançou a liderança faltando poucos quilômetros para o fim do percurso.
O brasileiro se manteve nas primeiras colocações ao longo de toda a prova, mas apenas assumiu a ponta após o quilômetro 40, quando acelerou o ritmo para a vitória. O espanhol Abderrahman Ait Khamouch foi segundo e o belga Van den Frederic terceiro. Ozivam Bonfim, outro brasileiro, terminou em quarto.
Fique por dentro
Diário cobriu todos os lances de Londres
Desde o último dia 27 de agosto, o Diário do Nordeste acompanha, in loco, a Paralimpíada de Londres 2012. Além do dia a dia da competição, procuramos mostrar, por meio do olhar do editor Pery Negreiros, o esforço e a competitividade que cada modalidade exigiu de seus praticantes. Entre os para-atletas cearenses, informamos com exclusividade as medalhas de Maciel Sousa (ouro na Bocha) e Edênia Garcia (prata na natação). Recordes, pódios, tropeços e quebras de paradigmas em relação às pessoas com deficiência foram narrados em detalhes e acompanhados de perto, em uma cobertura completa.
O jornalista viajou a convite do CPB
EditorPERY NEGREIROS*
O brasileiro Tito Sena venceu a maratona dos Jogos Paralímpicos de Londres, ontem, pela categoria, T46, e conquistou a 21ª medalha de ouro do Brasil na competição, com o tempo de 2h30min40s. O maratonista mostrou grande superação na prova e alcançou a liderança faltando poucos quilômetros para o fim do percurso.
O brasileiro se manteve nas primeiras colocações ao longo de toda a prova, mas apenas assumiu a ponta após o quilômetro 40, quando acelerou o ritmo para a vitória. O espanhol Abderrahman Ait Khamouch foi segundo e o belga Van den Frederic terceiro. Ozivam Bonfim, outro brasileiro, terminou em quarto.
Fique por dentro
Diário cobriu todos os lances de Londres
Desde o último dia 27 de agosto, o Diário do Nordeste acompanha, in loco, a Paralimpíada de Londres 2012. Além do dia a dia da competição, procuramos mostrar, por meio do olhar do editor Pery Negreiros, o esforço e a competitividade que cada modalidade exigiu de seus praticantes. Entre os para-atletas cearenses, informamos com exclusividade as medalhas de Maciel Sousa (ouro na Bocha) e Edênia Garcia (prata na natação). Recordes, pódios, tropeços e quebras de paradigmas em relação às pessoas com deficiência foram narrados em detalhes e acompanhados de perto, em uma cobertura completa.
O jornalista viajou a convite do CPB
EditorPERY NEGREIROS*
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