No dia em que voltou a treinar, atacante se diz arrependido pela ausência e afirma que não merece ser capitão
Depois de oito dias ausente e de adiar sua reapresentação por três vezes devido a problemas pessoais, Mota finalmente apareceu ontem em Porangabuçu, como prometera, e quebrou o silêncio. Mostrando personalidade, Mota admitiu que errou ao se ausentar dos treinamentos, que pensou em deixar o Ceará e, ao retornar, não merece mais a tarja de capitão. "Desde o começo do ano, passo por esses problemas pessoais e deixei para resolvê-los depois para não atrapalhar o time no Estadual. Ao sermos campeões, tomei uma decisão errada: me ausentar dos treinos. Ainda não estou livre dos problemas, mas eles não me farão mais deixar de treinar".
Mota explicou que, naquele momento, achou que não seria bom treinar com a cabeça cheia de problemas. "Eu não poderia chegar no Ceará para treinar daquela forma. A torcida me veria treinando e me cobraria no jogo. E eu não estaria de corpo e alma em campo e prejudicaria o time. Achei que fosse o melhor. Mas não foi", penitencia-se.Depois de oito dias ausente e de adiar sua reapresentação por três vezes devido a problemas pessoais, Mota finalmente apareceu ontem em Porangabuçu, como prometera, e quebrou o silêncio. Mostrando personalidade, Mota admitiu que errou ao se ausentar dos treinamentos, que pensou em deixar o Ceará e, ao retornar, não merece mais a tarja de capitão. "Desde o começo do ano, passo por esses problemas pessoais e deixei para resolvê-los depois para não atrapalhar o time no Estadual. Ao sermos campeões, tomei uma decisão errada: me ausentar dos treinos. Ainda não estou livre dos problemas, mas eles não me farão mais deixar de treinar".
Em meio à resolução dos problemas, Mota pensou em deixar o Ceará. Mas, afirma, para não atrapalhar o time. Ele pôs em xeque sua utilidade para a equipe. "Pensei sim em sair do Ceará. Mas não para outro clube. Pensei em dar um tempo na carreira para resolver os problemas, que me fizeram não render o que a torcida queria, principalmente nos dois jogos da final. Tive dúvidas se estava ajudando ou atrapalhando", explicou-se.
Perdão
E Mota viu que era útil e não um fardo para o clube carregar após conversa na segunda-feira com a diretoria e comissão técnica. "Todos queriam a minha volta, agradeci o apoio e tenho que retribuir. Quero ficar no Ceará até o fim do ano".
Perdoado, mas multado e precisando se retratar com todo o elenco, o atacante sabe que terá de reconquistar seu espaço. Ao se apresentar ontem, ele treinou em dois períodos - manhã e tarde - sempre em trabalhos físicos. Fora do jogo de sábado, Mota trabalha para enfrentar o Goiás na terça-feira, 29. "Pela linha de trabalho do PC, eu dificilmente jogaria no sábado. Chegar na quarta e já jogar no sábado seria até um desrespeito com os companheiros. Quero trabalhar para ajudar o time no dia 29".
Ao sair a equipe titular, Mota perderá a braçadeira de capitão do time. Resignado, o jogador afirma que não merece mais o posto pela atitude que teve. "Não tive uma atitude de capitão. Não mereço a braçadeira e nem quero retomá-la. O grupo estará bem representado pelo Fernando Henrique ou Heleno. Meu objetivo agora é reaver a confiança de todos e voltar a andar de cabeça erguida aqui".
SAIBA MAIS
SançõesSobre as penas que sofreu (multa e salário suspenso durante a ausência), Mota concordou com a decisão da diretoria do clube. "Eu errei e concordo com as sanções da diretoria. Existem normas em qualquer trabalho e acato. Foi justo"
Treinamentos
Sem Mota, PC continua modificando o time do Ceará para o jogo de sábado contra o Guaratinguetá, fora de casa. Ontem no Vovozão, o técnico mudou novamente o time: Vitor Hugo e Luizão formaram a dupla de zaga - Potiguar e Daniel Marques foram para a reserva - e Régis voltou a ganhar a vaga de Juca
VLADIMIR MARQUESREPÓRTER
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