A iniciativa tem o objetivo de fazer com que empregadores e empregados respeitem as leis trabalhistas
Fortaleza Atualmente, o Município de Maracanaú conta com mais de quatro mil empresas que atuam na área da indústria, do comércio e de serviços. De acordo com a Prefeitura, em janeiro deste ano, foram contabilizados 47.116 trabalhadores formais. O número de pessoas com carteira assinada vem crescendo nos últimos anos, tendo em vista a instalação de novas empresas, principalmente indústrias. Ao todo, são mais de 600.
Fortaleza Atualmente, o Município de Maracanaú conta com mais de quatro mil empresas que atuam na área da indústria, do comércio e de serviços. De acordo com a Prefeitura, em janeiro deste ano, foram contabilizados 47.116 trabalhadores formais. O número de pessoas com carteira assinada vem crescendo nos últimos anos, tendo em vista a instalação de novas empresas, principalmente indústrias. Ao todo, são mais de 600.
Apesar da grande concentração de fábricas, dos empregos gerados (foram cerca de 14 mil vagas formais de 2005 a 2012), e do índice de contratação bem maior que o de demissões, a cidade vem enfrentando problemas referentes à ética nas relações de empregador e empregado.
"Já tivemos um caso em que 100 trabalhadores de uma mesma empresa estavam pedindo para serem demitidos", conta Cristina Luz, assessora do Trabalho e Emprego da Prefeitura de Maracanaú e responsável pelo Sine Municipal.
Por essa e outras questões, foi lançada na cidade, na última sexta-feira, a campanha Ética nas Relações de Trabalho. Com o tema "Ética no trabalho, eu apoio", a iniciativa tem o objetivo de fazer com que empresários e funcionários respeitem os direitos regidos pela legislação trabalhista. Busca aumentar o nível de conhecimento sobre as relações de trabalho e torná-las mais éticas, reduzindo os pontos de conflitos entre trabalhadores e empregadores.
Parcerias
A campanha, que acontecerá ao longo deste ano, é uma parceria entre a Associação das Empresas do Distrito Industrial do Ceará (Aedi), a Prefeitura de Maracanaú e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os pedidos de demissões, de acordo com Cristina Luz, estão ligados ao que chama de "epidemia da informalidade". Segundo ela, após passar em média um ano trabalhando, muitos funcionários pedem para ser demitidos com a intenção de receber o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e arranjar um "bico". Por isso, parte dos empresários não está mais demitindo, o que leva os trabalhadores a acionar a Justiça.
Contudo, existem empresas que demitem os funcionários, mas deixam eles continuarem exercendo a função informalmente. "Alguns empregados têm uma dívida e o nome nos órgãos de proteção ao crédito. Por isso, resolvem deixar o emprego para limpar o nome", fala. Cristina Luz informa que as empresas que mais registram trabalhos informais são as da área da panificação, abrangendo cerca de 60% dos empregados.
Conflitos
Segundo o presidente da Aedi, Edilson Teixeira Júnior, os problemas relacionados à ética são constantes nas empresas dos distritos industriais do Estado. Ele cita, por exemplo, a situação em que o empregado não quer pedir demissão e fica sendo improdutivo, indisciplinado e até falta para fazer com que a empresa o demita. Há casos também que o empregador seleciona o trabalhador pela aparência física.
"Uma das situações mais graves, que tem gerado processos na Justiça, é quando o funcionário falta ao trabalho e justifica a ausência com atestado médico falso ou gracioso", aponta Edilson Teixeira.
A partir de maio, as empresas do Distrito Industrial de Maracanaú irão disponibilizar cartazes e panfletos abordando os hábitos que prejudicam as relações de trabalho.
Temas
Temas como trabalho sem carteira assinada, acordo trabalhista, trabalho infantil, atestado médico falso e contratação por aparência estão entre os temas que serão debatidos nas empresas por meio de fóruns e ciclos de palestras que acontecerão ao longo deste ano. Profissionais da área jurídica e de Recursos Humanos ministrarão as palestras.
Mais informações
Campanha Ética nas Relações de Trabalho - "Ética no trabalho, eu apoio"
Prefeitura Municipal de Maracanaú
Telefone: (85) 3248.3106
RAONE SARAIVAESPECIAL PARA O REGIONAL
"Já tivemos um caso em que 100 trabalhadores de uma mesma empresa estavam pedindo para serem demitidos", conta Cristina Luz, assessora do Trabalho e Emprego da Prefeitura de Maracanaú e responsável pelo Sine Municipal.
Por essa e outras questões, foi lançada na cidade, na última sexta-feira, a campanha Ética nas Relações de Trabalho. Com o tema "Ética no trabalho, eu apoio", a iniciativa tem o objetivo de fazer com que empresários e funcionários respeitem os direitos regidos pela legislação trabalhista. Busca aumentar o nível de conhecimento sobre as relações de trabalho e torná-las mais éticas, reduzindo os pontos de conflitos entre trabalhadores e empregadores.
Parcerias
A campanha, que acontecerá ao longo deste ano, é uma parceria entre a Associação das Empresas do Distrito Industrial do Ceará (Aedi), a Prefeitura de Maracanaú e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os pedidos de demissões, de acordo com Cristina Luz, estão ligados ao que chama de "epidemia da informalidade". Segundo ela, após passar em média um ano trabalhando, muitos funcionários pedem para ser demitidos com a intenção de receber o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e arranjar um "bico". Por isso, parte dos empresários não está mais demitindo, o que leva os trabalhadores a acionar a Justiça.
Contudo, existem empresas que demitem os funcionários, mas deixam eles continuarem exercendo a função informalmente. "Alguns empregados têm uma dívida e o nome nos órgãos de proteção ao crédito. Por isso, resolvem deixar o emprego para limpar o nome", fala. Cristina Luz informa que as empresas que mais registram trabalhos informais são as da área da panificação, abrangendo cerca de 60% dos empregados.
Conflitos
Segundo o presidente da Aedi, Edilson Teixeira Júnior, os problemas relacionados à ética são constantes nas empresas dos distritos industriais do Estado. Ele cita, por exemplo, a situação em que o empregado não quer pedir demissão e fica sendo improdutivo, indisciplinado e até falta para fazer com que a empresa o demita. Há casos também que o empregador seleciona o trabalhador pela aparência física.
"Uma das situações mais graves, que tem gerado processos na Justiça, é quando o funcionário falta ao trabalho e justifica a ausência com atestado médico falso ou gracioso", aponta Edilson Teixeira.
A partir de maio, as empresas do Distrito Industrial de Maracanaú irão disponibilizar cartazes e panfletos abordando os hábitos que prejudicam as relações de trabalho.
Temas
Temas como trabalho sem carteira assinada, acordo trabalhista, trabalho infantil, atestado médico falso e contratação por aparência estão entre os temas que serão debatidos nas empresas por meio de fóruns e ciclos de palestras que acontecerão ao longo deste ano. Profissionais da área jurídica e de Recursos Humanos ministrarão as palestras.
Mais informações
Campanha Ética nas Relações de Trabalho - "Ética no trabalho, eu apoio"
Prefeitura Municipal de Maracanaú
Telefone: (85) 3248.3106
RAONE SARAIVAESPECIAL PARA O REGIONAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário