Dilma se emociona na saída de Luiz Sérgio (PT-RJ) e posse do novo ministro da Pesca e Aquicultura, bispo licenciado da Universal, Marcelo Crivella FOTO: REUTERS |
Marcelo Crivella (PRB), ao ser empossado, orou a Deus pedindo que não permita irregularidades no Ministério da Pesca
Brasília. Em meio à pressão da base governista rebelada contra o apoio do Palácio do Planalto ao PT nas eleições municipais, a presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu ontem uma "coalizão forte" para promover mudanças no País, durante cerimônia de posse do novo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella.
Dilma se aconselhou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e adiou mudanças nos ministérios. Durante a conversa, eles mostraram preocupação com o racha na base aliada e com as dificuldades para agregar apoio ao petista Fernando Haddad em São Paulo.
"Ao chegar ao governo, o presidente tem o dever de governar para todos, inclusive para aqueles que não votaram nele. E, ao mesmo tempo, deve se apoiar numa coalizão de partidos", discursou Dilma.
Para a presidente, a entrada de Marcelo Crivella simboliza o "reconhecimento do papel do Partido Republicano Brasileiro nessa grande coalizão que nos ajuda a governar".
Crivella, ao ser empossado, admitiu que não tem conhecimentos sobre o setor pesqueiro do País e disse que vai "aprender com técnicos" da pasta. "Eu não ponho uma minhoca no anzol, mas não estou indo para o ministério para pescar, mas para trabalhar", disse.
Bispo licenciado da Igreja Universal, Crivella disse que vai ser o interlocutor dos evangélicos junto à presidente Dilma, na mesma postura ocupada por ele durante a campanha presidencial.
Crivella afirmou, porém, que sua indicação não assegura o apoio dos evangélicos à presidente caso ela não preserve os "valores" da família brasileira. "Para os evangélicos, a questão do aborto, do casamento, da família, é muito importante. Ela pode colocar todo o ministério evangélico, mas se aprovar leis contra a família e contra a vida, vai perder o apoio dos evangélicos. Nesse caso, não tem santo que ajude", declarou.
Crivella disse que sua indicação para o ministério não é uma forma de pressão ao PRB para retirar a candidatura de Celso Russomanno (PRB) à Prefeitura de São Paulo para apoiar Fernando Haddadd (PT). "Vocês imaginam se agora a gente convence a ele de ser vice do Hadadd que tem 5 pontos na pesquisa e ele, 20. O partido iria se esfacelar. Isso não vai ocorrer de maneira nenhuma". garantiu.
Oração
Ele fez um pedido a Deus, para que não permita irregularidades na pasta. "Que o Senhor conceda aos colaboradores e funcionários do Ministério boa vontade, sabedoria, e discernimento, para que continue não ocorrendo qualquer deslize desses que desanimam o povo e fazem o cidadão de bem sentir vergonha de ser brasileiro", afirmou
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