Prestes a lançar o disco, Maria Joselita revela que, apesar de competir com os cabelos presos, quando pretende bater recorde faz questão desoltá-los MARÍLIA CAMELO |
Força, determinação e empreendedorismo foram ingredientes essenciais para encerrar o ano de 2011 com superação e sucesso, pelo menos para essas três cearenses
Elas se destacaram não apenas no Ceará, mas ultrapassaram limites e foram reconhecidas no Brasil e no mundo. O Eva desvendou suas histórias e, agora, revela o que aconteceu na vida de cada uma dessas mulheres de sucesso.
Você já ouviu falar de Maria Joselita da Silva, Suzane Farias e Maria de Fátima Oliveira? Todas são vitoriosas, saíram do anonimato, cresceram profissionalmente e colheram bons frutos durante este ano. Independente das dificuldades encontradas no caminho, elas perseveraram e, com isso, tiveram os seus talentos amplamente reconhecidos. A beleza e o fascínio causados pelas joias desenhadas por Suzane Farias encantou estrangeiros e levou a designer para exposições Brasil afora. Mais recentemente, ela foi convidada para a Expo Joalheria Brasileira, montada na embaixada do Brasil em Berlim.
A habilidade de Maria de Fátima Santana para os investimentos fez com que ela se destacasse entre as mais de três mil concorrentes ao Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Fundadora da Associação de Artesãs de Tamboril, ela alcançou o primeiro lugar transformando o talento das famílias locais em fonte geradora de renda.
Já a força de Maria Joselita da Silva surpreendeu o Comitê Paraolímpico Brasileiro. Com apenas três dias de treino, ela quebrou recordes e foi inscrita no Parapan 2007. Hoje, comemora a melhor marca brasileira no lançamento de dardo na categoria F56. Os 17,30m foram alcançados durante o Circuito Norte/Nordeste Loterias Caixa Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação 2011.
Em comum, elas tem a convicção de que não existe fórmula certa para o sucesso, mas alguns ingredientes são necessários não só para que ele aconteça, como também para que permaneça. Não basta ter criatividade e disposição, é preciso idealizar, traçar metas e acreditar em si.
Pódium
Saber superar limites e vencer obstáculos é importante. Foi o que aprendeu Maria Joselita, 37 anos. A paratleta está quebrando recordes não só no esporte, mas também na vida. Ela descobriu o potencial para os esportes após o sobrinho, com problemas especiais, precisar de ajuda. "Ele costumava participar dos jogos colegiais e, ao completar 18 anos, precisou de um novo espaço onde pudesse treinar", destaca. O ambiente recomendado foi a Faculdade Católica do Ceará. "Foi lá que tudo começou na minha vida", lembra.
Ao levá-lo, Joselita foi convidada pelos treinadores a fazer um teste. O resultado agradou e, no segundo dia de treino, ela já estava inscrita em uma competição em Porto Alegre. Para a surpresa de todos, inclusive da nova atleta, teve as maiores marcas brasileiras no arremesso e lançamento de peso, dardo e disco da sua categoria, na época a F53.
Conquistas
Devido ao seu ótimo desempenho, foi convocada para fazer parte da comitiva brasileira de atletas que participariam dos jogos paraolímpicos, o Parapan. "Voltei para casa com uma mala cheia de medalhas e, desde então, tenho alcançado as minhas metas".
Um dos maiores reconhecimentos foi a mudança para a categoria F56, na qual permanece até hoje. Ela, que começou sozinha a sua carreira no Ceará, faz questão de dividir material e experiências com outras atletas de sua modalidade.
No ano de 2011, as conquistas de Joselita foram muito além do esporte, ela conseguiu o direito de dirigir, realizou o sonho de ter a sua casa própria, com bastante esforço e nenhum patrocínio. E, agora, está grávida de gêmeas. "Não me sinto deficiente e, sim, eficiente", defende.
ADRIANA RODRIGUES
ESPECIAL PARA O EVA
Elas se destacaram não apenas no Ceará, mas ultrapassaram limites e foram reconhecidas no Brasil e no mundo. O Eva desvendou suas histórias e, agora, revela o que aconteceu na vida de cada uma dessas mulheres de sucesso.
Você já ouviu falar de Maria Joselita da Silva, Suzane Farias e Maria de Fátima Oliveira? Todas são vitoriosas, saíram do anonimato, cresceram profissionalmente e colheram bons frutos durante este ano. Independente das dificuldades encontradas no caminho, elas perseveraram e, com isso, tiveram os seus talentos amplamente reconhecidos. A beleza e o fascínio causados pelas joias desenhadas por Suzane Farias encantou estrangeiros e levou a designer para exposições Brasil afora. Mais recentemente, ela foi convidada para a Expo Joalheria Brasileira, montada na embaixada do Brasil em Berlim.
A habilidade de Maria de Fátima Santana para os investimentos fez com que ela se destacasse entre as mais de três mil concorrentes ao Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Fundadora da Associação de Artesãs de Tamboril, ela alcançou o primeiro lugar transformando o talento das famílias locais em fonte geradora de renda.
Já a força de Maria Joselita da Silva surpreendeu o Comitê Paraolímpico Brasileiro. Com apenas três dias de treino, ela quebrou recordes e foi inscrita no Parapan 2007. Hoje, comemora a melhor marca brasileira no lançamento de dardo na categoria F56. Os 17,30m foram alcançados durante o Circuito Norte/Nordeste Loterias Caixa Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação 2011.
Em comum, elas tem a convicção de que não existe fórmula certa para o sucesso, mas alguns ingredientes são necessários não só para que ele aconteça, como também para que permaneça. Não basta ter criatividade e disposição, é preciso idealizar, traçar metas e acreditar em si.
Pódium
Saber superar limites e vencer obstáculos é importante. Foi o que aprendeu Maria Joselita, 37 anos. A paratleta está quebrando recordes não só no esporte, mas também na vida. Ela descobriu o potencial para os esportes após o sobrinho, com problemas especiais, precisar de ajuda. "Ele costumava participar dos jogos colegiais e, ao completar 18 anos, precisou de um novo espaço onde pudesse treinar", destaca. O ambiente recomendado foi a Faculdade Católica do Ceará. "Foi lá que tudo começou na minha vida", lembra.
Ao levá-lo, Joselita foi convidada pelos treinadores a fazer um teste. O resultado agradou e, no segundo dia de treino, ela já estava inscrita em uma competição em Porto Alegre. Para a surpresa de todos, inclusive da nova atleta, teve as maiores marcas brasileiras no arremesso e lançamento de peso, dardo e disco da sua categoria, na época a F53.
Conquistas
Devido ao seu ótimo desempenho, foi convocada para fazer parte da comitiva brasileira de atletas que participariam dos jogos paraolímpicos, o Parapan. "Voltei para casa com uma mala cheia de medalhas e, desde então, tenho alcançado as minhas metas".
Um dos maiores reconhecimentos foi a mudança para a categoria F56, na qual permanece até hoje. Ela, que começou sozinha a sua carreira no Ceará, faz questão de dividir material e experiências com outras atletas de sua modalidade.
No ano de 2011, as conquistas de Joselita foram muito além do esporte, ela conseguiu o direito de dirigir, realizou o sonho de ter a sua casa própria, com bastante esforço e nenhum patrocínio. E, agora, está grávida de gêmeas. "Não me sinto deficiente e, sim, eficiente", defende.
ADRIANA RODRIGUES
ESPECIAL PARA O EVA
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