A demanda por vagas em Comunidades Terapêuticas e hospitais para dependentes é crescente FOTO: THIAGO GASPAR (17/01/2008) |
Em 2011, o Estado gastou R$ 500 mil só em convênio com as quatro Comunidades Terapêuticas (CT) no CE
As Comunidades Terapêuticas (CT) para o tratamento e internação de usuários de álcool e drogas ainda são uns dos meios utilizados, tanto pelo Estado, como pelo Município, para acolher dependentes. Muito embora esse tipo de opção seja criticada por parte da comunidade de profissionais de saúde, que trabalham com a demanda. A polêmica veio à tona nesta quarta-feira, 7, quando o Governo Federal (GF) lançou o plano nacional para o enfrentamento do crack, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou ainda que o plano prevê o financiamento público de atividades de comunidades terapêuticas. Ação esta, totalmente condenada na 14ª Conferência Nacional de Saúde, realizada na semana passada.
Ao todo, no Ceará, são dez CTs conveniados ao setor público. Destes, quatro são do Estado, que possuem, ao todo, 54 vagas. O restante é da Capital, que tem 120 leitos distribuídos pelos seis CTs.
No mês passado, o relatório do Conselho Federal de Psicologia (CFP) apontou violações a direitos humanos em 68 CTs visitadas aleatoriamente no País. Destas, duas estavam no Ceará e não possuiam alvará da vigilância sanitária.
A integrante da Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP, Ana Luiza Castro, explicou que estas instituições florescem devido a carência do serviço na rede. "Porém, estas que estão aí não têm projeto terapêutico, e na grande maioria, servem de depósito de pessoas".
Segundo ela, as CTs não podem ser consideradas equipamentos do Sistema Único de Saúde (SUS).
"É uma lógica oposta ao SUS, que é baseado na redução de danos, num tratamento que respeita as escolhas dos usuários e que permite a integração social mesmo durante a internação e o tratamento", explicou Ana Luiza Castro.
A coordenadora do Hospital Dia Elo de Vida, Sandra Coelho, informou que as quatro comunidades conveniadas ao estado não servem de lugar de tratamento para os dependentes, e sim de acolhimento.
Segundo ela, o convênio renovado este ano, entre Estado e CTs, foi em virtude do estrangulamento dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-AD) e da falta de leitos nas residências terapêuticas.
"Foi em caráter emergencial, mas nenhum dos pacientes foi para lá obrigado e sim por vontade própria. Geralmente encaminhamos para lá devido à vulnerabilidade social em que se encontram estas pessoas", informou.
Foram gastos, com estes convênios, um total de R$ 500 mil, durante todo o ano de 2011. O que dá, ao ano, uma média de R$ 18 mil para cada unidade terapêutica.
A coordenadora concordou que as CTs não recuperam a cidadania de nenhum destes dependentes, pois não é esse o objetivo delas. "Porém, enquanto os municípios não aumentarem as vagas nas suas residências terapêuticas, está será a solução para os que sofrem esta vulnerabilidade social".
Sandra disse que enquanto os pacientes estão acolhidos lá, o tratamento médico é feito no Hospital de Saúde Mental de Messejana (HSMM).
A coordenadora de Saúde Mental, álcool e outras drogas de Fortaleza, Rane Félix, disse que o município paga R$ 800 por mês para cada usuário internado dentro de uma comunidade conveniada a Prefeitura. Porém, ela não soube precisar quantos estariam atualmente alojados na rede.
Assim como o estado, ela explicou que o tratamento destes pacientes é feito nos Caps-Ad, e as CT´s servem apenas de acolhimento para estes dependentes em situação de vulnerabilidade.
Nacional
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estima a presença de 3.000 comunidades terapêuticas no País, abrigando cerca de 60 mil dependentes, o CFP aponta que a maioria destes está irregular.
THAYS LAVORREPÓRTER
As Comunidades Terapêuticas (CT) para o tratamento e internação de usuários de álcool e drogas ainda são uns dos meios utilizados, tanto pelo Estado, como pelo Município, para acolher dependentes. Muito embora esse tipo de opção seja criticada por parte da comunidade de profissionais de saúde, que trabalham com a demanda. A polêmica veio à tona nesta quarta-feira, 7, quando o Governo Federal (GF) lançou o plano nacional para o enfrentamento do crack, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou ainda que o plano prevê o financiamento público de atividades de comunidades terapêuticas. Ação esta, totalmente condenada na 14ª Conferência Nacional de Saúde, realizada na semana passada.
Ao todo, no Ceará, são dez CTs conveniados ao setor público. Destes, quatro são do Estado, que possuem, ao todo, 54 vagas. O restante é da Capital, que tem 120 leitos distribuídos pelos seis CTs.
No mês passado, o relatório do Conselho Federal de Psicologia (CFP) apontou violações a direitos humanos em 68 CTs visitadas aleatoriamente no País. Destas, duas estavam no Ceará e não possuiam alvará da vigilância sanitária.
A integrante da Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP, Ana Luiza Castro, explicou que estas instituições florescem devido a carência do serviço na rede. "Porém, estas que estão aí não têm projeto terapêutico, e na grande maioria, servem de depósito de pessoas".
Segundo ela, as CTs não podem ser consideradas equipamentos do Sistema Único de Saúde (SUS).
"É uma lógica oposta ao SUS, que é baseado na redução de danos, num tratamento que respeita as escolhas dos usuários e que permite a integração social mesmo durante a internação e o tratamento", explicou Ana Luiza Castro.
A coordenadora do Hospital Dia Elo de Vida, Sandra Coelho, informou que as quatro comunidades conveniadas ao estado não servem de lugar de tratamento para os dependentes, e sim de acolhimento.
Segundo ela, o convênio renovado este ano, entre Estado e CTs, foi em virtude do estrangulamento dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-AD) e da falta de leitos nas residências terapêuticas.
"Foi em caráter emergencial, mas nenhum dos pacientes foi para lá obrigado e sim por vontade própria. Geralmente encaminhamos para lá devido à vulnerabilidade social em que se encontram estas pessoas", informou.
Foram gastos, com estes convênios, um total de R$ 500 mil, durante todo o ano de 2011. O que dá, ao ano, uma média de R$ 18 mil para cada unidade terapêutica.
A coordenadora concordou que as CTs não recuperam a cidadania de nenhum destes dependentes, pois não é esse o objetivo delas. "Porém, enquanto os municípios não aumentarem as vagas nas suas residências terapêuticas, está será a solução para os que sofrem esta vulnerabilidade social".
Sandra disse que enquanto os pacientes estão acolhidos lá, o tratamento médico é feito no Hospital de Saúde Mental de Messejana (HSMM).
A coordenadora de Saúde Mental, álcool e outras drogas de Fortaleza, Rane Félix, disse que o município paga R$ 800 por mês para cada usuário internado dentro de uma comunidade conveniada a Prefeitura. Porém, ela não soube precisar quantos estariam atualmente alojados na rede.
Assim como o estado, ela explicou que o tratamento destes pacientes é feito nos Caps-Ad, e as CT´s servem apenas de acolhimento para estes dependentes em situação de vulnerabilidade.
Nacional
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estima a presença de 3.000 comunidades terapêuticas no País, abrigando cerca de 60 mil dependentes, o CFP aponta que a maioria destes está irregular.
THAYS LAVORREPÓRTER
Bom dia
ResponderExcluirUm Salmo, sem motivo especifico por ter deixado no seu blogger, mas especifico para que leia, simplesmente pela leitura das Escrituras de Deus, que sempre fala ao nosso SER.
SALMO 15
1 SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?
2 Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração.
3 Aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra o seu próximo;
4 A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao SENHOR; aquele que jura com dano seu, e contudo não muda.
5 Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado.
Abraços
Jesus Cristo te Ama!
Ele é o Caminho a Verdade e a Vida