segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Em seis meses, casos de dengue reduzem 99,56%

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Capital apresentou grande redução em setembro, com 65 confirmados, bem menos que no mês anterior (317)
No Ceará, 2011 já figura como o ano de maior epidemia de dengue em número de casos dos últimos 25 anos. Os registros passaram de 47.789, em 1994, para 50.593 casos confirmados no boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), divulgado na última sexta-feira, 30 de outubro. Contudo, ainda de acordo com os dados, a epidemia de dengue que se configurou entre os meses de fevereiro a maio, apresentou uma redução significativa no número de casos nos últimos seis meses. Para se ter uma ideia, se comparado o mês de abril, que apresentou a maior quantidade de casos de dengue do ano (14. 954), com o mês de setembro, que confirmou 66 casos, houve uma redução de 99,56%. O mesmo acontece com os meses posteriores a abril. Em maio de 2011, foram confirmados 7.635 casos, significando uma redução de 48%, em relação ao mês anterior. O mesmo se repetiu de maio para junho
(2.340), com uma redução de 69% no número. De junho a julho com 850 casos, é possível verificar uma redução de 63%. Em agosto foram confirmados 365 casos, mostrando uma diminuição de 57% em relação ao mês anterior. Porém, a maior queda foi registrada em setembro, como dito inicialmente com 66 casos, podendo registrar uma redução de 81,92% em relação a agosto.

Em relação à incidência de dengue por município, Fortaleza é a cidade com maior número de casos confirmados da doença durante o ano, 30.662, o que representa mais de 60% dos registrados em todo o Estado. Só no mês de setembro dos 66 confirmados, apenas um foi em Pacajus. O restante ocorreu na Capital. O boletim informa, ainda, que 175 dos 184 municípios cearenses registraram casos da doença desde janeiro.

Epidemia Controlada
"Há mais de três meses estamos com a epidemia de dengue controlada, já que só é considerado que o Estado está passando por uma epidemia quando são registrados 200 casos da doença a cada 100 mil habitantes e desde julho retiramos vários municípios dessa estatística", afirma o titular da Secretaria da Saúde do Estado, Arruda Bastos.

Ele explica que a epidemia de dengue foi anunciada desde o fim do ano passado com a reintrodução do sorotipo Den-1 que há quatro anos não circulava no Estado. Segundo Arruda, outro fator relevante para a epidemia foi uma infestação predial alta, ou seja, um grande número de domicílios com foco do mosquito Aedes Aegypti. Diante disso, segundo dele, milhares de pessoas adquiriram a doença e por não terem imunidade contra o sotorotipo Den1, apresentaram sintomas graves. "A previsão, em janeiro, era que durante todo o ano de 2011 tivéssemos muitos casos. Entretanto, devido às campanhas realizadas em todos os municípios, o número de casos vem diminuindo significativamente".

Campanhas
Ainda de acordo com Arruda Bastos, a Sesa realizou uma triagem dos casos em todo o Estado para que as ações fossem reforçadas onde houvesse uma maior infestação. Diante disso, foram realizadas caravanas em mais de 100 municípios, as equipes do Programa de Saúde da Família foram capacitadas e matérias educativos, divulgados.

Porém, conforme o secretário, apesar do controle da epidemia os trabalhos de prevenção, como evitar água parada e vedar caixas d´água, devem continuar até que surja uma vacina. "Não podemos parar de agir, até porque o mosquito que antes só se manifestava em água limpa e parada já foi encontrado em lugares com água suja. É importante dizer que a maioria dos casos de dengue tem o foco dentro da própria casa", conclui.

KARLA CAMILAESPECIAL PARA CIDADE

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