sábado, 30 de abril de 2011

Herdeiro da fama


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Em Fortaleza, Roy antecipa alguns planos para sua carreira, incluindo uma
 parceria com Ricky Martin FOTO: GEÓRGIA SANTIAGO

 O grupo Menudo acabou, deixando para trás boas lembranças e uma herança musical. Que o diga Roy Rosselo. O cantor esteve em Fortaleza e recebeu a equipe do Zoeira para uma entrevista exclusiva, onde fala sobre música, fama e sucesso
Os que curtiram os embalos dos anos 80 certamente já cantaram e dançaram ao som de "Não se reprima", um dos grandes sucessos do Menudos, grupo de jovens cantores porto-riquenhos que atraía multidões na América Latina e no mundo. No Brasil, os meninos chegaram a levar 200 mil pessoas a um show no Morumbi obtendo um registro no livro dos recordes. Veja o cantor interpretando dois hits da música latina



O grupo acabou, mas alguns dos integrantes continuam envolvidos com a música. Roy Rosselo é um deles. Hoje com 41 anos, ele mantém residência fixa na Bahia e se diz apaixonado pelo Brasil. "Fui atraído pelo país por causa da música e da energia. Troquei meu apartamento em Porto Rico, que era de frente pro mar, para morar na Bahia, que é uma terra maravilhosa", conta.
No Brasil, aproveitou para retomar de vez a carreia artística. Em 2010, lançou o CD "Parayzo", que mistura ritmos baianos e caribenhos. Agora, está gravando um novo álbum.
Apesar de ter estudado cinema, TV e estar focado nos negócios, ele não abre mão da música. "É minha grande paixão. Estou sempre cantando e compondo", revela.
Ao comparar sua vida na década de 80 com a de hoje, Roy considera que aquela era outra época. "O ritmo de vida era diferente. Eram muitos shows, trabalhos e agitos", explica o músico, que ainda jovem já viajava o mundo todo e tinha que lidar com uma rotina de astro.
Ele confessa que pensou em desistir da carreira. "Cheguei a ligar pra minha mãe, dizendo que queria parar, porque queria ter uma vida normal". Para ele, aqueles foram anos fantásticos, que mudaram sua vida. Hoje, o ex-Menudo pode desfrutar de uma vida tranquila e, apesar de já terem se passado 20 anos, ele ainda é reconhecido por fãs.
O cantor se diverte ao relembrar o dia em que foi sequestrado por fãs, junto com os outros companheiros de grupo. "Elas levaram a gente para passear na praia, e foi ótimo, principalmente porque eram lindas. Hoje, isso não acontece mais. Mesmo assim, acho que continuo bonito", diz às gargalhadas.

Fama precoce
Roy recorda que aos 13 anos, se viu conhecido no mundo inteiro, não muito diferente do que acontece hoje com alguns fenômenos teens. Sobre os perigos da fama precoce, acredita atualmente a pressão é maior. "Chega a ser cruel. A maioria não possui condições de lidar com o sucesso repentino", diz.
Recentemente, Roy foi acusado de agredir a ex-mulher, mas se defende dizendo que tudo não passou de um mal entendido e que, inclusive, mantém uma boa relação com a antiga companheira.
Superada a fase difícil, Roy conta que dedica seu tempo à música. Gosta de ouvir boleros e músicas românticas. Entre os brasileiros, destaca Carlinhos Brown, Olodum, Ivete Sangalo, Elis Regina e Tom Jobim.
Sua paixão pela música local é tanta que Roy se prepara para lançar um CD onde um dos ritmos predominantes é o forró. As faixas também terão um toque caribenho e baiano. "Gosto de fazer coisas diferentes, de misturar ritmos".

Menudos
Apesar do fim do grupo e dos reencontros já não serem tão frequentes, os "menudos" mantêm uma relação de amizade. Tanto que Roy foi convidado para participar do DVD de Ricky Martin que será gravado no México. Se os outros estarão presentes? É esperar...

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