Na Capital, o limite com o uso do FGTS vai saltar de R$ 100 mil para R$ 150 mil - FOTO: JOSÉ LEOMAR |
São Paulo/ Fortaleza. O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) decidiu elevar, ontem, o preço máximo dos imóveis enquadrados no programa "Minha Casa, Minha Vida". O teto para imóveis localizados nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal passou de R$ 130 mil para R$ 170 mil, informou a assessoria do Ministério do Trabalho e Emprego, após reunião do Conselho, em Brasília.
Nas demais capitais, o valor máximo do imóvel dentro do programa foi elevado de R$ 100 mil para R$ 150 mil. Para municípios com população a partir de 250 mil habitantes ou integrantes de regiões metropolitanas, o valor máximo passará de R$ 80 mil para R$ 130 mil. Outra mudança acertada foi a elevação do valor máximo para cidades com população a partir de 50 mil habitantes, de R$ 80 mil para R$ 100 mil.
Para os demais municípios, o valor segue em R$ 80 mil. A justificativa do órgão para o aumento do teto é proporcionar a equivalência aos valores praticados no mercado imobiliário e pretende cobrir o déficit na habitação popular. Segundo o presidente do conselho, o também ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, desde 2007 não havia reajuste desses valores. "No Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, os imóveis têm valores bem mais altos do que a média nacional", explicou Lupi.
Renda
Segundo a assessoria de imprensa do Conselho, a renda familiar máxima para enquadramento nos financiamentos continua em R$ 4.900 para regiões metropolitanas e municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes, e R$ 3.900 para as demais regiões do País.
As operações de financiamento na área habitacional popular destinam recursos a famílias de baixa renda. A taxa nominal de juros das operações é fixada em 6% ao ano + TR, que indexa a maioria dos contratos de financiamento imobiliário, sendo que essa taxa pode chegar a 5% com subsídio para famílias com renda de até R$ 2.790.
O FGTS pode financiar até 90% do valor de imóveis novos ou usados, sendo o prazo de pagamento em até 30 anos. A resolução do Conselho entra em vigor a partir da sua publicação, quando a Caixa começa a operar com os novos valores.
Repercussão
As construtoras elogiaram a decisão do governo. Segundo Rodrigo Martins, diretor da Rossi, a construtora já preparava a redução de lançamentos para o mercado de baixa renda. "Isso ocorreria no segundo trimestre caso a elevação do valor não ocorresse". Ele disse ainda que essa mudança afetaria a rentabilidade de investidores no segmento. "Fatalmente, as empresas começariam a deixar esse mercado", complementou.
A MRV, outra gigante desse mercado, também elogiou a decisão do Conselho Curador do FGTS. De acordo com Leonardo Corrêa, diretor executivo financeiro da construtora, a decisão indica "percepção" do governo quanto à elevação dos custos da construção e dos valores de terrenos em regiões como Rio, São Paulo e Brasília.
No CearáA repercussão no setor imobiliário cearense foi positiva, contudo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon - CE) irá questionar a Caixa Econômica porque o financiamento em Fortaleza vai subir R$ 20 mil a menos do que em outros locais. "A correção é necessária e sempre é boa para o mercado. Mas vamos protestar no próximo dia nove, em Brasília, durante o encontro da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), porque o déficit de habitação daqui é maior que o de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Por isso, a ampliação não deveria ser diferenciada", comentou o presidente do Sinduscon-CE, Roberto Sérgio Ferreira.
FINANCIAMENTO
"A ampliação é boa, mas não é justo o valor em Fortaleza não chegar a R$ 170 mil"
Roberto Sérgio FerreiraPresidente do Sinduscon (CE)
Para os demais municípios, o valor segue em R$ 80 mil. A justificativa do órgão para o aumento do teto é proporcionar a equivalência aos valores praticados no mercado imobiliário e pretende cobrir o déficit na habitação popular. Segundo o presidente do conselho, o também ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, desde 2007 não havia reajuste desses valores. "No Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, os imóveis têm valores bem mais altos do que a média nacional", explicou Lupi.
Renda
Segundo a assessoria de imprensa do Conselho, a renda familiar máxima para enquadramento nos financiamentos continua em R$ 4.900 para regiões metropolitanas e municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes, e R$ 3.900 para as demais regiões do País.
As operações de financiamento na área habitacional popular destinam recursos a famílias de baixa renda. A taxa nominal de juros das operações é fixada em 6% ao ano + TR, que indexa a maioria dos contratos de financiamento imobiliário, sendo que essa taxa pode chegar a 5% com subsídio para famílias com renda de até R$ 2.790.
O FGTS pode financiar até 90% do valor de imóveis novos ou usados, sendo o prazo de pagamento em até 30 anos. A resolução do Conselho entra em vigor a partir da sua publicação, quando a Caixa começa a operar com os novos valores.
Repercussão
As construtoras elogiaram a decisão do governo. Segundo Rodrigo Martins, diretor da Rossi, a construtora já preparava a redução de lançamentos para o mercado de baixa renda. "Isso ocorreria no segundo trimestre caso a elevação do valor não ocorresse". Ele disse ainda que essa mudança afetaria a rentabilidade de investidores no segmento. "Fatalmente, as empresas começariam a deixar esse mercado", complementou.
A MRV, outra gigante desse mercado, também elogiou a decisão do Conselho Curador do FGTS. De acordo com Leonardo Corrêa, diretor executivo financeiro da construtora, a decisão indica "percepção" do governo quanto à elevação dos custos da construção e dos valores de terrenos em regiões como Rio, São Paulo e Brasília.
No CearáA repercussão no setor imobiliário cearense foi positiva, contudo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon - CE) irá questionar a Caixa Econômica porque o financiamento em Fortaleza vai subir R$ 20 mil a menos do que em outros locais. "A correção é necessária e sempre é boa para o mercado. Mas vamos protestar no próximo dia nove, em Brasília, durante o encontro da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), porque o déficit de habitação daqui é maior que o de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Por isso, a ampliação não deveria ser diferenciada", comentou o presidente do Sinduscon-CE, Roberto Sérgio Ferreira.
FINANCIAMENTO
"A ampliação é boa, mas não é justo o valor em Fortaleza não chegar a R$ 170 mil"
Roberto Sérgio FerreiraPresidente do Sinduscon (CE)
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