Ainda hospitalizado, após o atentado na última quinta em Minas Gerais, candidato do PSL pode ser substituído em debates pelo seu vice, general Mourão ( FOTO: AFP ) |
Diário do Nordeste
Por 3 votos a 2, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, ontem, rejeitar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, por crime de racismo. Dos cinco ministros da Primeira Turma, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber se posicionaram a favor do recebimento da denúncia e da abertura de uma ação penal contra o parlamentar.
Por outro lado, os ministros Marco Aurélio Mello, Luiz Fux e Alexandre de Moraes votaram contra o recebimento da denúncia, formando a maioria contra a abertura de uma ação penal para aprofundar as apurações. "Apesar da grosseria, do desconhecimento das expressões, não me parece que a conduta do denunciado tenha extrapolado os limites da sua liberdade de expressão", concluiu Moraes.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusava o parlamentar de, em palestra realizada no Clube Hebraica do Rio em 2017, se manifestar de modo negativo e discriminatório sobre quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs.
"Eu fui em um quilombo em Eldorado Paulista. Olha, o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador eles servem mais", disse o parlamentar no evento.
Bolsonaro teve alta da UTI e passou agora para uma unidade de cuidado semi-intensivo, informou, ontem, o Hospital Albert Einstein, em nota. Ele teve a sonda nasogástrica retirada.
Bolsonaro é réu em duas ações penais, pelos crimes de injúria e incitação ao crime de estupro, após ter declarado que não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) "porque ela não mereceria".
Já o general Hamilton Mourão, candidato a vice, disse que a campanha consultará o TSE para saber da possibilidade da sua participação nos debates na TV, em substituição a Bolsonaro
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