Ciro ganha 3 pontos e briga por vaga no 2º turno, aponta Ibope

Ciro Gomes tem mostrado evolução nas pesquisas desde o início da corrida presidencial ( AFP )

Diário do Nordeste

O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) foi o único candidato à Presidência da República a registrar crescimento real nas intenções de voto em nova pesquisa do Ibope, divulgada hoje à noite pelo "Jornal Nacional". Ele ganhou três pontos, passando de 9% (agosto) para 12% (dia 4 de setembro). Com esse desempenho, o pedetista está numericamente empatado com Marina Silva (Rede), que manteve os 12% e não teve oscilação do levantamento anterior para o novo.

Este é o primeiro levantamento do Ibope desde o início da propaganda gratuita do horário eleitoral, na última sexta-feira. O programa dos presidenciáveis só começou a ser exibido no sábado (1º). 

Geraldo Alckmin (PSDB) aparece com 9%, acima dos 7% registrados em agosto, mas ele não teve crescimento real, apenas oscilou dentro da margem de erro (dois pontos para mais ou menos), ficando empatado com Marina e Ciro. Se a eleição fosse hoje, os três disputariam uma vaga no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL), que apenas oscilou de 20% para 22%, dentro da margem de erro (dois pontos para mais ou menos).

O crescimento real de Ciro no Ibope ocorre após um mês de exposição do candidato em eventos como debates e sabatinas, em que rivalizou com os adversários principalmente com sua proposta de redução da inadimplência, o chamado programa "Nome Limpo", que promete tirar os consumidores negativados da lista negra do SPC.

Sem Lula

O Ibope informou que não fez cenário considerando Lula na disputa, já que a Justiça Eleitoral rejeitou o registro do candidato do PT na semana passada e mandou o partido indicar um substituto até a próxima semana. Embora não seja ainda oficial a indicação do vice na chapa, Fernando Haddad, o Ibope considerou o ex-prefeito de São Paulo no páreo.

Haddad aparece com 6%, acima dos 4% registrados em agosto, tecnicamente empatado com Alckmin. Por enquanto, o PT insiste na candidatura de Lula, já que recorreu ao STF e à ONU para garantir a participação do ex-presidente no pleito.

Alvaro Dias (Podemos) manteve os 3%, enquanto João Amoêdo (Novo) foi de 1% para 3%, enquanto Henrique Meirelles (MDB) oscilou de 1% para 2%. Guilherme Boulos (PSOL), Vera Lúcia (PSTU) e Joao Goulart Filho (PPL) mantiveram com 1%. Vera Lúcia (PSTU). Cabo Daciolo (Patriota) e José Maria Eymael (DC), que no mês passado tinham 1%, não pontuaram. Eleitores que disseram que votariam em branco ou anulariam o voto caíram de 29% para 21%. Quem não respondeu ao questionário passou de 9% para 7%.