quinta-feira, 1 de março de 2018

Aedes aegypti contamina cães

Diário do Nordeste
Popularmente conhecida como 'verme do coração', a dirofilariose canina é uma zoonose que acomete os cães, afetando o coração. A enfermidade é transmitida pelo Aedes aegypti, mosquito transmissor também da dengue, zika vírus e chikungunya.

A zoonose é uma doença silenciosa, e demora cerca de seis meses para se manifestar. Os sintomas são falta de ar, diminuição de peso, tosse em excesso e o escurecimento da língua à medida que a doença vai se agravando. Os humanos também podem ser infectados com a doença através do mosquito. Caso um cão doente seja picado, o mosquito pode contaminar um indivíduo em seguida.

Segundo a assessora técnica do Centro de Zoonoses, Klessiany Soares, nos cinco postos de atendimento veterinário público de Fortaleza, ainda não houve nenhum caso da doença. Contudo, o médico veterinário cardiologista Evilázio Nogueira, que atende em clínica privada, revela ter atendido três cães neste ano com a enfermidade.

Para ele, o número é maior do que o esperado. "A dirofilariose tem uma maior presença na região litorânea. De dois anos para cá, os casos começaram a aumentar", afirma. O tratamento dos animais doentes é, em geral, através de antibióticos, mas varia de acordo com cada situação, já que a zoonose atinge o coração dos cães, tornando a situação complicada. Para a prevenção, Evilázio recomenda o uso de coleira repelente, uso de vermífugo contra a dirofilariose uma vez ao mês, vacinação contra a doença todos os anos e, visitar, ao menos a cada seis meses, o veterinário.

Inicial

Juliana Alencar, engenheira de alimentos, confirma a importância das consultas de rotina. Foi em uma delas que descobriu que sua cadela, Kira, estava com dirofilariose canina. "Eu creio que, por estar no estagio inicial foi muito melhor pra gente, porque é uma doença bem grave. Fizemos o ultrassom e ecocardiograma e o verme não tinha chegado ao coração, estava pouco presente no organismo dela, mas existia", explica Juliana.

Kira foi tratada com antibióticos por 30 dias, e em junho fará um novo exame para saber se está curada. Contudo, a dona da cadela reforçou os cuidados. "Agora ela sempre está com uma coleira repelente, que eu troco a cada 3 meses, além do repelente que eu coloco à base de citronela. Também vermífugo a cada três meses".

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