Diário do Nordeste
A chikungunya continua a assombrar o Estado do Ceará. Durante a reunião estratégica da Frente Parlamentar de Combate ao Aedes aegypti, que aconteceu nessa terça-feira (31), na Assembleia Legislativa, a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) divulgou dados recentes sobre a arbovirose.
"Apesar de estarmos em uma situação um pouco mais confortável em relação ao primeiro semestre desse ano, no ano de 2017 nós tivemos uma dupla epidemia, tanto de dengue quanto de chikungunya. Temos registrados, até o momento, 117 óbitos por chikungunya, o que nos impressiona bastante", afirma Ricristhi Gonçalves, assessora técnica da Sesa. Segundo ela, o desmonte de equipes de agentes de controle de endemias pode ter contribuído para tais resultados.
O deputado Carlos Matos, presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Aedes aegypti, explica os motivos por trás da decisão de requerer a reunião.
Preocupação
"Já havia uma preocupação porque há um recesso dos agentes de saúde, o que desmobiliza a ação e pode comprometer 2018. Também a eficácia do trabalho que está sendo feito com inseticidas é questionável. O Ceará é um dos maiores consumidores de inseticida do País, e não vem resolvendo o problema".
Dentre as principais propostas resultantes da reunião, destacam-se o projeto de lei para punir mais severamente governantes que, em épocas de crise, desmobilizarem as ações de combate ao Aedes aegypti, e uma carta redigida e assinada pelos componentes da Frente Parlamentar visando alertar municípios e secretarias a respeito da punição.
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