quinta-feira, 2 de novembro de 2017

PSDB indica desembarque do governo em dezembro

O senador tucano Tasso Jereissati, ao lado o governador de Goiás, Marconi Perillo, durante entrevista após a reunião do PSDB, onde o futuro da legenda foi discutido depois de divergências sobre o apoio ao governo Temer ( Foto: Agência O Globo )
Diário do Nordeste
Os dois candidatos à presidência do PSDB - o governador de Goiás, Marconi Perillo, e o senador Tasso Jereissati (CE)- se reuniram, ontem, para tentar firmar um pacto de não beligerância e de construção de uma agenda conjunta de teses, princípios e diretrizes para evitar o agravamento da divisão interna na convenção do partido, marcada para 9 de dezembro.

Marconi já anunciou oficialmente sua candidatura à presidência da legenda, enquanto Tasso é pressionado por seu grupo a assumir logo que também irá disputar o cargo.

Deste primeiro encontro, que Tasso disse já ter servido para "baixar a fervura", os dois concordaram que o PSDB pode desembarcar do governo Michel Temer daqui a 40 dias, na convenção. O senador reafirmou também que continua como presidente interino até a convenção e destacou que o encontro irá marcar "uma grande virada" para o futuro do PSDB, após o desgaste dos últimos tempos.


"Com certeza a permanência no governo será discutida na convenção. Acho que o PSDB desembarca em dezembro. O foco de resistência são cinco ou seis deputados. Os ministros até que estão calmos", disse Tasso.

O governador de Goiás concordou e afirmou que há dois meses já havia dito que o desembarque seria natural agora no final do ano, quando os ministros precisam sair para cuidar de suas candidaturas. O prazo de desincompatibilização dos ministros é abril, mas Marconi observa que eles precisam sair antes para organizar suas campanhas à reeleição. São quatro os ministros tucanos: Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades), Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

"O PSDB pode apoiar as reformas e ajudar em tudo que for a favor do Brasil sem precisar estar no governo", disse Perillo.

Tasso e Marconi trocaram elogios sobre a transformação que o primeiro fez no Ceará, e o segundo em Goiás. E reafirmaram que o objetivo não é disputar nada de forma a dividir o PSDB. Já o nome do governador Geraldo Alckmin também passou a ser cotado como alternativa para chefiar a sigla no próximo ano.

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