Ronaldo Angelim em seu momento atual, onde exibe a camisa 4, a qual vestiu nos bons tempos de Fortaleza, cujas lembranças não passam ( Foto: Antonio Rodrigues ) |
por Ivan Bezerra - Diário do Nordeste
De acesso de divisão, Ronaldo Angelim, 41 anos, entende bem. Com o Fortaleza foram dois, o de 2002 e o de 2004, ambos para a Série A do Brasileiro. O atleta considera que o Fortaleza está com 80% do acesso encaminhado para a Série B do Brasileiro, em decisão que acontecerá no próximo sábado, às 20h30 em Juiz de Fora/MG, contra o Tupi.
Para o ex-zagueiro do Leão, seu ex-clube precisa jogar pelo regulamento para conseguir os 20% restantes da façanha de encerrar o padecimento de oito anos aguardando o acesso.
Ronaldo Angelim conseguiu o último acesso de divisão do Fortaleza, porém para a Série A, em dezembro de 2004. O Fortaleza precisava vencer o Avaí/SC no Estádio Castelão e torcer para que o Bahia não vencesse o Brasiliense/DF, que estava classificado. O Leão venceu por 2 a 0 o Avaí e o Brasiliense aplicou 3 a 2 no Bahia, ajudando o Leão do Pici, que há época, tinha apenas 2% de chances de subir. Ronaldo Angelim fez o segundo gol tricolor, após escorar de cabeça um escanteio cobrado por Guaru. Foi o gol que levou o Leão para a Série A.
"Naquele ano, o nosso acesso era até mais difícil do que a situação atual do Fortaleza, porque dependíamos dos outros. O que vejo é que o Fortaleza depende apenas dele para subir para a Série B", compara o jogador.
Ronaldo lembra que, em cada ano, há a sua dificuldade própria para se conseguir o objetivo principal do acesso de divisão. "Em 2004, além de dependermos dos outros para subir , surgiu outro empecilho. Em cima da hora, nós perdemos Rinaldo e Lúcio (que foram para o Sport de Recife) e o treinador. Chegou o Zetti e com ele, nós conseguimos subir para a Série A, mas sempre com dificuldades. Mas, é assim que a conquista fica mais valorizada", completou o ex-jogador.
Postura
Não se pôde fugir da pergunta a Angelim, sobre qual seria a postura que o Fortaleza deveria adotar no jogo contra o Tupi, na casa do adversário. Ele parecia ter a resposta pronta. "Essa pergunta é feita a qualquer clube na situação em que o Fortaleza se encontra. Pode até ser o Barcelona. O time não vai sair para se expor. O treinador pode colocar 10 atacantes, mas os caras vão procurar marcar bem, se resguardar, para buscar o contra-ataque. Eles estão com o placar a favor e nessa hora, o regulamento é o que vale", avalia Angelim.
O zagueiro disse ter uma excelente ligação com os atuais dirigentes do Fortaleza e com os jogadores também: "O Sérgio Papellin (executivo de futebol) estava conosco no acesso de 2004 e tenho uma ótima relação com todos os dirigentes. Não fui a muitos jogos, porque viajo o Brasil inteiro, sempre participando de ações pelo Flamengo". O zagueiro marcou o gol do título brasileiro de 2009 pelo Flamengo e sempre participa de eventos relativos a esse feito de sua carreira profissional.
"Tenho amigos no elenco, como o Adenilson, por exemplo", prosseguiu o jogador. Tenho um evento bem no dia do jogo contra o Tupi, se não estaria presente para dar uma força aos jogadores nessa luta pelo acesso", disse.
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