sexta-feira, 7 de julho de 2017

Fortaleza fica em 8º lugar em ranking de cidades do futuro



Diário do Nordeste
O desenvolvimento econômico e social dos municípios cearenses vêm chamando a atenção das instituições públicas e privadas. Em pesquisa elaborada pela FDi Intellegence, divisão da jornal inglês Financial Times, Fortaleza e os municípios de Maracanaú e Sobral são apontadas em rankings como cidades americanas do futuro 2017/18. Ao todo, 428 cidades foram analisadas entre os anos de 2012 a 2016 em termos de potencial econômico, negócios, simpatia, capital humano, estilo de vida, custo eficácia e conectividade.

Custo

A Capital cearense aparece no ranking de cidades com melhor eficácia de custo. Ela se posiciona na oitava posição. A cidade de Belém é apontada no mesmo ranking na sexta posição. Na lista, no primeiro lugar, se destaca a cidade de Guaiaquil no Equador. Já Sobral e Maracanaú são apontadas como pequenas futuras cidades americanas colocadas, respectivamente, em segundo e quinto lugar.

Entre os aspectos analisados em Fortaleza estão dados de salário médio anual para uma pessoas formada e não formada; aluguel de imóvel; preços de gasolina por litro; valor da eletricidade; custo da rede hoteleira; taxa de impostos; paridade do poder de compra dos cidadãos e a taxa de câmbio.

Para criar os rankings, a FDi Intellegence estudou dados usando ferramentas on-line de mercado de dados e a FDi Benchmark, plataforma virtual para comparar a atratividade de investimentos de países e cidades em mais de 56 setores. As cidades do estudo foram categorizado de acordo com população. Os municípios com populações abaixo de 100.000 foram registradas como 'micro' locais, dos quais eram 39.

Os municípios "pequenos", 209 cidades, tiveram contabilizadas populações entre 100 e 350 mil habitantes. Locais de "tamanho médio", do qual havia 75 locais, tiveram uma população com mais de 200 mil e "Zona Urbana Maior" de mais de 750 mil pessoas. Do total, foram estudados 56 locais "grandes", com populações com mais de 500 mil habitantes. O estudo também estabeleceu locais "principais" sendo 49 cidades com mais 750 mil a 4 milhões de habitantes.

Surpresa

O superintendente do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), engenheiro Eudoro Santana, avalia com surpresa e orgulho a informação da Capital no ranking internacional. "Na verdade precisamos conhecer a pesquisa em profundidade. Dentro de visão de cidades futura da realidades das cidades americanas Fortaleza tem planejamento para que isso aconteça", conta.

Na concepção de Santana, a Capital poderia também estar presente em analises referentes a mobilidade urbana, visto o esforço do município na implementação de ciclovias, ciclofaixas, viadutos, entre outras intervenções para melhorar a segurança viária.

Ainda segundo Santana, Fortaleza vem se modernizado graças a elaboração do Plano Fortaleza 2040, que incluem as questões ambientais, sociais e econômicas da cidade, de forma integrada. "O Fortaleza 2040 pretender da uma nova vida para aos fortalezenses, desde a economia familiar a do mundo. A ideia é solucionar problemas de água, energia e mobilidade", diz o superintendente do Iplanfor.

Para a professora Doutora Nadia Khaled Zurba, do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), vale contextualizar Fortaleza no Continente Americano e no panorama mundial. "Tal perspectiva abre as portas de Fortaleza e outras cidades cearenses para a implementação de novos projetos empreendedores. Para além das facilidades proporcionadas pela proximidade alfandegária com a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), é preciso notar todo o setor produtivo, incluindo dos pólos industriais de Sobral e de Maracanaú, para novos investimentos no mercado americano e China", avalia.

Espaços

A arquiteta explica que é preciso uma melhor distribuição de recursos dentro dos espaços públicos da Capital. "É preciso melhorar a ordenação, infraestrutura e mobilidade urbana. Além disso, há muito a fazer para que Fortaleza atinja o patamar de cidade acessível para todos", diz citando censo do IBGE de 2010, que contabilizou cerca de 660 mil pessoas com deficiências na Capital cearense, sendo que houve um aumento em relação ao censo de 2000.

A especialista acredita que, em um futuro breve, parte dos investimentos se concretizem e sejam eficazmente canalizados - resultando na construção de espaços urbanos acessíveis. "Poderemos, assim, atingir níveis ainda melhores nos diferentes critérios para investimentos internacionais e tornar nossas cidades mais acessíveis a todos".

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