Brasília. Os presidentes do PSDB e PMDB se encontraram, na tarde de ontem, após os tucanos indicarem tendência por desembarque do governo do presidente Michel Temer.
Na noite da última quarta (7), após reunião com as bancadas tucanas da Câmara e do Senado, Tasso Jereissati, presidente interino da legenda, afirmou que o partido "não precisa de cargo e ministério para aprovar as reformas", avaliou que fatos novos sobre o governo, como a viagem de Michel Temer em aeronave da JBS, "vai mudando o pensamento de senadores e deputados" e afirmou que segunda-feira é o "limite" para um posicionamento do PSDB sobre a saída do governo federal.
No dia seguinte, o presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), ameaçou não apoiar os candidatos tucanos em 2018.
"Se o PSDB deixar hoje a base, vai ficar muito difícil de o PMDB apoiá-los nas eleições de 2018. Política é feita de reciprocidade", afirmou Jucá.
As declarações dos caciques incomodaram peemedebistas e tucanos, incendiando a relação difícil que os partidos têm mantido nas últimas semanas.
Segundo a assessoria de Jucá, o encontro de ontem tratou da atual conjuntura da reforma política e a conversa foi "amistosa". Outra agenda entre eles foi marcada para a próxima semana.
Reações paradoxais
Com PT e PSDB, respectivamente, fazendo parte da oposição e da base aliada do governo, lideranças das duas siglas têm se declarado de modo paradoxal em relação ao processo que pode cassar Temer.
A defesa do PSDB no Tribunal Superior Eleitoral sustenta o pedido de cassação do presidente da República. Quando entrou com a ação, o objetivo do PSDB era tirar Dilma da cadeira. Depois do impeachment, a legenda passou a apoiar Temer, mas ficou impedida, juridicamente, de retirar a ação do TSE.
Fonte Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário