O parlamentar tucano tem atuado para obstruir as
investigações, argumentou o pedido da PGR
( Foto: Agência Brasil )
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Diário do Nordeste- Brasília. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reforçou o pedido de prisão preventiva do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) na sexta-feira (9). Janot também se manifestou pela manutenção das prisões da irmã de Aécio, Andrea Neves, do primo, Frederico Pacheco, e do assessor parlamentar e cunhado do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima.
Janot defende que, devido a alta gravidade do delito e o risco de reiteração, a prisão preventiva é “imprescindível para a garantia da ordem pública”.
Segundo ele, “são muitos os precedentes do Supremo Tribunal Federal que chancelam o uso excepcional da prisão preventiva para impedir que o investigado, acusado ou sentenciado torne a praticar certos delitos”.
Para o procurador-geral, as gravações e interceptações telefônicas autorizadas por Fachin no acordo de delação do grupo J&S demonstram que Aécio “vem adotando, constante e reiteradamente, estratégias de obstrução de investigações da Operação Lava Jato”.
A PGR entende que Aécio e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foram pegos em “flagrante por crime inafiançável” na tentativa de obstruir as investigações da Lava Jato, com base nas gravações realizadas pelos donos da JBS.
Já o ministro Marco Aurélio marcou para a próxima terça-feira (13), na Primeira Turma da Corte, o julgamento sobre um pedido de soltura de Andrea.
Por sua vez, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu para que um dos inquéritos contra Aécio, no Supremo Tribunal Federal seja redistribuído entre os ministros da Corte. O processo, aberto em abril com base nas delações da Odebrecht, está atualmente sob relatoria de Edson Fachin, responsável pela Lava-Jato no STF.
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