sábado, 10 de junho de 2017

Adail Carneiro defende um entendimento no PP do CE

Deputado Adail Carneiro diz que tem buscado entendimento com o outro grupo que, inclusive já elegeu o diretório estadual da agremiação ( Foto: Agência Câmara )
Diário do Nordeste
O Partido Progressista (PP), no Ceará, está totalmente paralisado, segundo informou o responsável pela comissão provisória no Estado, o deputado federal Adail Carneiro. De acordo com o dirigente, há um pedido de audiência para conciliação marcado para o dia 22 deste mês. No entanto, ele acredita que há possibilidade de que haja, nesta data, vontade de ambas as partes para estreitar o diálogo.

"Não tenho fugido ao debate, mas, até o momento, não consegui alcançar o ex-presidente Antônio José", afirmou. O deputado disse ter tido o cuidado com a questão do comando do partido e voltou a denunciar que a eleição do diretório foi realizada à revelia de decisão da executiva nacional. Para ele, a eleição foi "ilegítima", pois já havia resolução proibindo tal procedimento.

A escolha do novo diretório estadual foi feita ainda no final de abril, e no dia 10 de maio, após vencer o prazo, a nacional resolver fazer a intervenção. No entanto, como responsável pela comissão provisória instalada desde então, Adail Carneiro tem tido dificuldades para comandar o partido.


Entendimento

Ele afirmou ainda que está tentando, junto com o deputado federal Paulo Henrique Lustosa, encontrar um entendimento, evitando com isso mais desgastes na legenda, que desde 2015 está enfrentando tal imbróglio. O parlamentar salientou também que foi procurado por um representante do deputado Zezinho Albuquerque (PDT), pai do até então presidente da legenda, Antônio José, que buscava tal entendimento para as partes.

No entanto, Adail Carneiro teria informado que defende um diálogo com a outra parte desde que ele esteja no controle do partido, o que os demais nunca aceitaram. De acordo com denúncias do parlamentar, funcionários do partido foram orientados a não irem trabalhar, o que tem inviabilizado sua atuação como responsável pela comissão provisória estadual.

"O partido está fechado, e estamos tratando com o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), informando que presidente, secretário geral e tesoureiro não nos atendem. Ninguém que representava o partido está nos atendendo para que possamos fazer o acerto no partido e tocar as atividades partidárias", disse.

O dirigente disse estar de mãos atadas quanto à condução do partido, não podendo conversar com os presidentes de comissões provisórias nos municípios e nem fazer o chamamento dos deputados estaduais para saber o interesse deles de permanência ou não na sigla. "Ainda não pude me aproximar dos deputados porque não recebi a sede do partido. O que mais tem nos preocupado é o abandono de emprego por dois funcionários que têm carteira assinada. Eles, simplesmente, abandonaram o local de trabalho".

Adail Carneiro disse que, para acionar comissões, diretórios e membros do partido, está fazendo através de notificações pelo cartório, e um advogado foi contratado para providenciar a continuidade do processo até um acerto com a legenda.

Até o início da próxima semana, estará recebendo nova senha do partido, o que dará novo fôlego para sua atuação. "Logo que atingirmos o número para elegermos diretórios estaduais, faremos isso, com base no número que temos para fazer a composição", ressaltou ele, que está fazendo articulações com pessoas do Interior e Capital, visando novos diretórios.

Segundo ele, o presidente do partido eleito em abril passado, Antônio José, tem recusado toda forma de contato feito. Já em relação ao deputado federal Macedo, Adail Carneiro afirmou que este havia acertado que seria secretário geral da comissão provisória, mas simultaneamente a isso aceitou ser vice-presidente de Antônio José.

"Macedo consta como vice-presidente no diretório e como secretário geral da comissão provisória". Há um compromisso da nacional do PP, desde o ano passado, de que ao vencer o prazo para o diretório estadual, ocorrido em março passado, Adail passaria a presidir a agremiação.

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