sexta-feira, 12 de maio de 2017

Quatro táticas para fazer um detox de sentimentos ruins

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Detox vem da ideia de tirar do corpo tudo o que não lhe faz bem. Desintoxicar as impurezas e limpar substâncias que não pertencem ao nosso organismo. No entanto, é importante ir além das dietas milagrosas e dos suco verdes e focar também na saúde mental e bem estar. A seguir, veja quatro táticas para fazer um verdadeiro detox de sentimentos ruins e ser mais feliz:

Livrar a mente da ansiedade no presente

No livro Ansiedade – Como Enfrentar o Mal do Século (Ed. Saraiva), o psiquiatra e escritor Augusto Cury ensina técnicas para livrar a mente da ansiedade e como evitar a chamada Síndrome do Pensamento Acelerado. Segundo Cury, a SPA é fruto de uma sociedade onde as informações não param de chegar, que resultam em indivíduos inquietos, sem foco e que estão sempre sofrendo por antecipação. “A SPA é produzida por uma hiperconstrução de pensamentos, numa velocidade tão alta que estressa e desgasta o cérebro. O resultado emocional é desastroso, há consequências para o corpo e a mente. Pensar é bom. Com consciência crítica, é excelente. Mas pensar excessivamente e sem gerenciamento é uma bomba contra a mente livre”, afirma. Para desacelerar o pensamento, Cury sugere duvidar, criticar e determinar: “É uma técnica psíquica e pedagógica. A dúvida, a crítica e a determinação estratégica são princípios de sabedoria. O Eu, que representa nossa capacidade de escolha e consciência crítica, deve fazer, em silêncio, uma higiene mental todos os dias: duvidar das falsas crenças, criticar cada pensamento perturbador e autodeterminar o relaxamento”, completa o psiquiatra.


Perdoar (os outros e a si mesma)

Está comprovado cientificamente: um estudo publicado em 2016 no periódico científico Psychology Journal of Health revela que pessoas com mais facilidade para perdoar a si mesmas e aos outros ficam mais protegidas dos males do estresse. “O ato de perdoar funciona como uma espécie de amortecedor contra o estresse. Se você não tem tendência para perdoar, sente os efeitos brutos do stress de forma absoluta “, afirmou Loren Toussaint, professor de psicologia na Luther College e principal autor do estudo em entrevista à revista TIME. Além disso, guardar rancor e persistir no ressentimento também provoca tristeza e sentimentos de perda de controle, segundo um estudo de 2001 do jornal Psychological Science.  Mas lembre-se: o ato de perdoar não necessariamente implica no esquecimento dos agravos, como defende o Greater Good Science Center (Centro de Ciências do Bem Maior, em tradução livre). 

Praticar o mindfulness

Também conhecido como atenção plena, o mindfulness é uma técnica de meditação e exercícios de tradição asiática adaptada para o Ocidente. Em resumo, a ideia é ensinar a ter foco no presente – e não nas expectativas para o futuro ou nos traumas do passado. Para aprender a driblar pensamentos negativos e resolver problemas, a prática pode ser uma boa alternativa. “Concentrar-se no presente, desenvolver inteligência emocional e aprender a lidar com o stress é tão importante para a produtividade quanto fazer exercícios e dormir bem”, disse a neurocientista Tara Swart, professora da escola Sloan Executive Education, ligada ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, à Folha. “A técnica é simples e dá para aprendê-la sozinha. Mas pacientes com muita ansiedade ou transtornos graves devem contar com o apoio de um profissional até ganhar autonomia”, alerta o médico Marcelo Demarzo. Há bons livros como o The Mindful Athlete (O Atleta Mindful, em tradução livre), do psicólogo George Mumford. Já no site mindfulnessbrasil.com, é possível encontrar profissionais certificados pelo curso da Unifesp.

Revisitar e solucionar problemas mal-resolvidos do passado

Lembrar de experiências negativas pode ser doloroso. Mas talvez seja uma atitude necessária para se livrar de problemas que estão enraizados no passado. Uma boa alternativa para esvaziá-los da mente deles  é listar os fatos que aconteceram e quais emoções você sentiu ao enfrentá-los, mas sem focar apenas nas dificuldades. “Ao focar apenas no lado negativo, a solução pode ficar mascarada. Pense em como você encontrará a solução ao invés de em como resolverá o problema”, alerta Edmund Bourne, em seu livro The Anxiety and Phobia Workbook (Livro da Ansiedade e da Fobia, em tradução livre).

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