domingo, 21 de maio de 2017

Delações da JBS podem gerar novos inquéritos no Ceará e em mais 4 estados

Rodrigo Janot, da Procuradoria-Geral da República (PGR), encaminhou 32 delações para análise em outras instâncias da Justiça de cinco estados, entre eles o Ceará. ( Arquivo )
Até agora, as delações dos sete executivos do grupo J&F - holding que administra a JBS, geraram 32 arquivos para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que os encaminhou para análise de cinco estados, entre eles o Ceará, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rondônia, além do Distrito Federal (DF), segundo levantamento do portal G1.

As instâncias da Justiça no Ceará, no DF e nos demais estados decidirão se serão abertos novos inquéritos com base nas informações dos executivos ligados a JBS em colaboração premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os executivos do grupo JBS citaram o ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PDT), e o atual presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (PMDB), como receptores de propinas oriundas da empresa. Conforme a delação, os políticos cearenses receberam, respectivamente, R$ 20 milhões e R$ 5 milhões.


5 denúncias já viraram inquéritos

Algumas investigações foram abertas e viraram inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) antes mesmo da homologação das delações, já que exigiam medidas cautelares (gravações e interceptações telefônicas). Já estão sendo investigados:

presidente Michel Temer (PMDB)
senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG)
deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR)
procurador Angelo Goulart
advogado Willer Tomaz
O que ocorrerá com governadores, ministros, senadores e deputados citados

Delações que citam ministros de Estado, deputados e senadores - por terem foro privilegiado no STF, estão sob análise do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que não tem prazo para decidir o que fazer. Janot pode desde arquivar as citações, pedir abertura de novos inquéritos ou incluir os nomes em investigações em andamento.

Edson Fachin, ministro do STF e relator no âmbito da Lava-Jato, já autorizou Rodrigo Janot a incluir menções envolvendo governadores em procedimentos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), instância responsável por julgar os governadores.

Por Diário do Nordeste

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