Uma empresa familiar que alcançou nível de qualidade internacional, atendendo aos mais exigentes padrões de ensino, quando o assunto é língua estrangeira. Essa frase resume a trajetória de um especialista em educação que, com toda a sua bagagem e experiência, acreditou no Ceará, e fundou, aqui, uma proposta de ensino diferenciado. Como resultado, nove unidades reforçam essa expansão de sua trajetória, em diferentes pontos da Capital e Região Metropolitana. Isso, contudo, não seria possível sem a ousadia, coragem e perseverança do professor Gilmar Lima de Oliveira, fundador da Hilpro Idiomas.
Prestes a completar 22 anos de atividade, a escola nasceu de uma necessidade de pôr em prática os princípios defendidos pelo seu idealizador, que é natural de Pernambuco. “Durante minha vida de estudante, digladiei-me muito com diretores e professores de colégios porque diziam uma coisa e faziam outra, por exemplo, avaliação processual, que não era processual. Então criei uma escola em que a avaliação é processual, onde há critérios que, diariamente, aluno é avaliado”, destacou Oliveira.
Trajetória
“Tive a sorte de começar a minha vida acadêmica, como professor, em Recife, nos colégios católicos, e tive uma formação muito sólida. Depois, com esse cabedal de experiência, vim para o Ceará”, ressaltou Gilmar. Ao chegar aqui, veio a ser professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e, também, do Sistema Estadual de Educação, de onde saiu pouco antes de sua aposentadoria. “Saí de ambos faltando um ano para me aposentar, porque vi que estava tudo muito deteriorado, destroçado e pensei: “Não vou perder meu tempo”, e montei minha escola, na minha casa, com meus filhos, onde começou”, lembra o educador.
O novo projeto começou no dia 25 de julho de 1995, inicialmente com o nome Four Skills, que significa quatro habilidades (leitura, compreensão, fala e escrita). “Na época fui muito criticado pelos cursos grandes, e eu comecei com pleno sucesso. Fazia tudo, criei a marca, o nome, e distribuí, até, panfleto. Então, abri o caminho, a machadadas, e deu certo”, relata Oliveira. “Depois criamos o nome Hilpro, sigla de Highly Interactive Learning Process (que, em português, significa Processo de Aprendizagem Altamente Interativo)”, explica o idealizador da escola.
Hoje, nove unidades da rede de ensino estão em atividade, sendo seis na Capital. “Nossas unidades são pequenas, apesar de parecer um curso muito grande, mas está montado em pontos estratégicos”, pontua Gilmar. Ele informa que a primeira foi aberta ao lado do Conselho Estadual de Educação, mudando, depois de algum tempo, para o atual endereço, no bairro de Fátima, “estando mais bem situado”, destaca o professor. As demais, além de Fortaleza, estão localizadas na região metropolitana, como Caucaia, Pecém e Jurema. A escola conta com cursos presenciais – turmas tradicionais e aulas individuais –, online, in company e expressos para adultos, adolescentes e crianças.
Diferenciais
Para dar certo um projeto, Oliveira adianta que deve ser estruturado “em cima de um material didático de primeiríssima qualidade”. “Eu não quis seguir a linha das franquias – que fazem o seu material didático, que é ralo –, e achei melhor pegar os melhores materiais didáticos, em parceria com a Cambridge e Oxford, que são muito fortes. Eles têm uma plataforma super potente e super inteligente”, ressalta. “Quando o aluno compra o livro, não é apenas um livro, mas ele está comprando o acesso a uma plataforma que roda mundialmente, e esse livro é muito bom, porque é revisado constantemente”, diz o educador. “E, se o material fosse próprio, fosse meu, construído pelos meus professores, não seria tão bom quanto o material que utilizamos”, pondera.
“Se existe mérito, é a opção de escolher esse material, que é internacional, que está dentro dos parâmetros internacionais. O Common European Framework (CEFR) determina uma grande parte do sucesso do investimento do estudante”, adiantou o professor Gilmar. Além do material didático, ele aponta, como outro ponto forte, a metodologia de ensino aplicada. “Nós trabalhamos com base nos princípios psicopedagógicos de Jean Piaget. É o construtivismo, e a gente procura ficar por aí. E, com relação à teorias coadjuvantes, temos a Gestalt, e temos o condicionamento operante de esquina, mas o carro chefe é a metodologia comunicativa, que tem, como princípios básicos, a psicogenética de Piaget. Aqui, a gente treina o professor para usar os materiais, mas o professor não ensina, ajuda o aluno a aprender. E só se aprende fazendo, e é o aluno que constrói o próprio saber. A gente parte desse princípio”, finaliza o presidente da rede de escolas Hilpro.
EAD e
franquias são fortes estratégias
Ainda não operando no sistema de franquias, embora já esteja com o formato pronto para ingressar nesse segmento, a Hilpro Idiomas também vem se destacando na modalidade de ensino à distância (EAD), acompanhando a evolução tecnológica. Com 250 temas distintos, o aluno pode personalizar o curso que deseja, customizando-o. Por exemplo, um aluno é engenheiro e quer fazer o curso com o vocabulário de engenharia, gosta de viagens e gastronomia. Ele escolhe suas opões, podendo fazer o curso completo; teste de nível com acesso ilimitado às plataformas; aulas presenciais; aulas via internet, com um nativo da língua, em um grupo de até sete pessoas, de qualquer parte do mundo; e, além de tudo, as aulas podem ser agendadas diariamente. “Estamos ampliando essa plataforma, porque quero que a contratação possa ser realizada, também, à distância”, adianta o professor Gilmar de Oliveira
Ao falar acerca de planos de expansão, ele adianta o ingresso no franchising, mas no futuro. “A empresa está apenas no âmbito familiar, mas está estruturada para outras pessoas, e posso vender para qualquer outra parte do mundo. No entanto, não tenho muita pressa, porque gosto de fazer as coisas bem feitas. A escola não saiu ainda do seio da família porque quero me estruturar melhor para ir para fora, talvez pelo Nordeste e expandir para o mundo inteiro, sem perder essa característica de trabalhar com materiais internacionais com o selo CEFR (Common European Framework of Reference for Languages) – que é um padrão de qualidade para os centros de línguas estrangeiras – e trabalhar com eles é muito bom”, finaliza o educador.
O Estado
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