Fortaleza/Brasília. Os Correios anunciaram nessa sexta-feira (10) que vão fechar aproximadamente 250 agências em cidades acima de 50 mil habitantes nas cinco regiões do País. No Ceará, a estatal informou o fim das atividades de cinco agências, em três cidades: Fortaleza, Caucaia e Aracati. A estratégia de fundir agências faz parte de um plano de economia que está sendo implementado pela empresa para reverter a crise enfrentada, que acumula quatro anos seguidos de prejuízo.
Gradualmente, a estatal explicou que o fim de cada agência se dará de acordo com o seguinte cronograma: "O processo de incorporação será feito nos meses de abril (Agência Assembleia Legislativa - Fortaleza), maio (Agência Cais do Porto - Fortaleza e Agência Canoa Quebrada - Aracati), junho (Agência Icaraí - Caucaia) e novembro (Agência Filatélica - Fortaleza)".
Com a mudança, o número de agências próprias dos Correios no Ceará passará dos atuais 212 para 207. Em Fortaleza, onde serão fechadas três unidades, o número de agências próprias cairá 22 para 19. A estatal ainda tem no território cearense uma rede de atendimento formada por 27 agências terceirizadas (das quais 22 em Fortaleza) e 612 comunitárias.
Segundo a empresa, desde o início do projeto, "pouco mais de 60 agências já foram incorporadas a outras unidades". "O projeto para fusão de agências dos Correios em todo o País vai tornar a rede de atendimento mais eficiente e melhorar a prestação de serviços à população", defende a empresa, em comunicado enviado à imprensa. Segundo a estatal, as mudanças serão feitas de forma gradual para minimizar os impactos aos clientes.
Mais franquias
Atualmente, os Correios contam com 6.511 agências próprias. A estratégia visada pela empresa será a de ampliar a rede de agências franqueadas, cujo número soma um pouco mais de mil hoje. O presidente dos Correios, Guilherme Campos, disse à reportagem que planeja criar a figura de microempreendedor postal, uma pequena empresa que assumiria os serviços postais em localidades menores.
Aluguel e funcionários
Com o fechamento de agências próprias, os Correios economizam nos custos de manutenção ou aluguel dos imóveis e no enxugamento do quadro de funcionários. As agências franqueadas são selecionadas por meio de uma oferta pública e remuneradas com um porcentual das receitas dos serviços. Hoje, oferecem quase todos os serviços postais das agências próprias, mas não atuam como correspondentes bancários. Há negociações para que os franqueados possam também oferecer serviços financeiros por meio do Banco Postal.
PDV e universalização
As outras duas ações de economia tocadas por Campos são o plano de demissão voluntária (PDV) e a revisão da política de universalização dos serviços postais, que obriga a estatal a estar presente em todos os municípios. O PDV teve a adesão de 5 mil funcionários, o que deve gerar uma economia de R$ 500 milhões ao ano.
O fechamento das agências está em consonância, segundo Campos, com o enxugamento do número de funcionários.
Calendário do fim das atividades
Abril:
- Agência da Assembleia
Legislativa do Estado do
Ceará, em Fortaleza
Maio:
- Agência do Cais do Porto
Do Mucuripe, em Fortaleza
- Agência de Canoa Quebrada, em Aracati
Junho:
- Agência de Icaraí, em Caucaia
Novembro:
- Agência da Filatélica, em Fortaleza
DN
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