segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Estudo alerta para os perigos de cortar o glúten da alimentação

Proteína é encontrada no trigo, na cevada e no centeio ( Foto: Divulgação )
Um estudo da universidade de Illinois, em Chicago, alerta para os perigos de cortar o glúten da alimentação. Os pesquisadores descobriram que quem segue esse tipo de dieta está mais exposto a metais pesados (como o arsênico e o mercúrio) e que o problema está no principal substituto ao glúten – a farinha de arroz.

O glúten é uma proteína encontrada no trigo, na cevada e no centeio. Tudo o que é feito com farinha desses grãos contém glúten, como pães e massas. Nos Estados Unidos, 25% dos americanos dizem que consomem produtos sem glúten, um aumento de quase 70% em dois anos.

O estudo foi publicado na revista científica americana "epidemiology", e alerta para os efeitos não intencionais de uma dieta sem glúten. Os pesquisadores analisaram os exames de urina e de sangue, de uma base de dados de mais de sete mil pessoas, e concluíram que a concentração de arsênico na urina de quem não comia glúten era duas vezes maior do que na de quem comia. Os níveis de mercúrio inorgânico no sangue também eram mais altos.

É que o arroz absorve metais da água e do solo. Para a doutora Maria Argos, uma das autoras da pesquisa, as pessoas que seguem uma dieta livre de glúten tendem a aumentar o consumo diário de arroz ao comer o grão e também produtos sem glúten que contém farinha de arroz.

Ainda não se sabe ao certo os efeitos da exposição maior ao mercúrio e ao arsênico, mas acredita-se que eles podem aumentar os riscos de câncer e doenças crônicas.

DN

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