quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Servidores ocupam sede da Prefeitura em protesto contra salário atrasado

Cerca de 300 servidores municipais protestaram na sede da Prefeitura ( VCRepórter )
Cerca de 300 servidores municipais ocuparam desde as 8 horas desta quinta-feira (29) até as 15 horas a sede da Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte. O ato se deu em protesto contra a liberação de recursos bloqueados pela Justiça da Gestão, que deveriam priorizar o pagamento salarial atrasado do funcionalismo. O movimento envolveu diversas secretarias e somente foi encerrado após o fim do expediente bancário.

O bloqueio das contas do Município se deu por conta de liminar, cedida pelo juiz de Quixeré, Lucas Sobreiro Barros Fonte, em 24 de dezembro passado. A determinação da Justiça era que os repasses federais e outras receitas fossem destinadas, prioritariamente, para o pagamento dos salários atrasados, como o mês de dezembro e o 13º mês.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Limoeiro do Norte, José Aristides Lima, informou que o desbloqueio se deu por decisão do Tribunal de Justiça, anunciada na noite da quarta-feira (28). Ele disse que a ocupação teria como limite até o horário de encerramento do expediente bancário. A ideia era que o protesto impedisse que o dinheiro fosse liberado para outros compromissos da gestão e deixasse de fora o funcionalismo, como acabou acontecendo.

"Nós passamos um Natal de fome. Tudo que a gente queria é que no Ano Novo também não passassemos com fome", disse o Fiscal de Controle Urbano Reginaldo Ferreira de Araújo. Ele contou que a mobilização começou cedo da manhã e houve uma articulação pelas redes sociais, a partir do momento que se soube que uma nova decisão da Justiça havia derrubado a liminar do juiz de Quixeré.

"Ficamos muito desapontados, porque são centenas de servidores que estão passando necessidades e queríamos maior sensibilidade para o nosso problema", afirmou Reginaldo. O movimento teve uma adesão maior na parte da manhã, a medida que foi se aproximando o fim do expediente bancário, houve uma redução dos manifestantes. "Houve uma grande tristeza, porque agora os bancos somente voltam a funcionar na próxima segunda-feira', disse Reginaldo.

A reportagem procurou manter contato com o procurador do Município Charles Lourenço de Lima, mas até o fechamento da edição não retornou às ligações.
por Marcus Peixoto

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