sexta-feira, 29 de julho de 2016

Capital tem10.360 casos de dengue

O segundo semestre é o período de baixa transmissão da doença caracterizado pela ausência de chuvas ( FOTO: JOSÉ LEOMAR )
Dos 26.619 casos notificados de dengue em Fortaleza este ano, 10.360 foram confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e outros 4.723 permanecem em investigação. Os dados são do boletim semanal da Célula de Vigilância Epidemiológica, com números até 22 de julho e revelam uma incidência acumulada de 405.99 registros para cada grupo de 100 mil habitantes. Apesar de chamar atenção, números mostram redução se comparado a ocorrência da doença no ano passado.

Dos 20 óbitos suspeitos na Capital, quatro foram confirmados e 16 estão sendo investigados. A Regional VI reúne o maior número de casos confirmados, 2.771 no total. Entretanto, dos cinco bairros com a maior incidência da doença, dois estão em outras localidades, o Bom Jardim (Regional V), com 314 casos e o Cristo Redentor (Regional I), com 308 confirmações.

De acordo com o assessor técnico de vigilância epidemiológica da SMS, Osmar do Nascimento, a incidência de 405.99 para cada grupo de 100 mil habitantes, no acumulado de janeiro a julho de 2016, está dentro do padrão não epidêmico, tendo como base o registrado nos anos anteriores. "Este número não está entre os piores anos de dengue, quando chegamos a ter entre 1200 a 1300 casos para cada 100 mil habitantes. Este ano a semana com maior incidência tivemos 70 casos para 100 mil, então se analisarmos semana a semana é um número pequeno, que não chega a causar preocupação", comenta.

O segundo semestre, segundo explica, é o período de baixa transmissão da doença, já que os criadouros se resumem a ambientes domésticos pela ausência de chuvas.

Circulação

Conforme explica, a circulação viral também é determinante para o aumento das ocorrências, estando a preocupação voltada para a reintrodução do sorotipo 2, o mais agressivo dos quatro existentes. "Em 2012 tivemos a reintrodução da dengue tipo 4 e foi uma das maiores epidemias do município. Hoje a vigilância viral que é feita por meio do laboratório central fica de olho na circulação da dengue tipo 2 de forma predominante, porque sabemos que a reintrodução irá propiciar um número de casos que fugirão ao padrão epidemiológico do município".

por Renato Bezerra - Repórter

   

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