Temer é aconselhado por pessoas da sua equipe a afastar Romero Jucá neste momento o que o Governo tenta aprovar e apresentar medidas econômicas. ( Arquivo ) |
O presidente em exercício Michel Temer foi aconselhado por sua equipe para decidir pelo afastamento temporário do ministro Romero Jucá (PMDB-RR), do Planejamento, do governo depois que foi divulgada gravação em que ele sugere um pacto para deter a Operação Lava Jato, segundo aponta o jornal Folha de S.Paulo.
Em coletiva à imprensa no final da manhã, Jucá negou que pedirá demissão e justificou os áudios a "falas soltas" fora do contexto.
A notícia causa apreensão entre investidores e provoca queda na bolsa Ibovespa, que chegou a perder mais de 1%, e alta de 1,62% na cotação do dólar, que chegou a R$ 3,575. Os juros futuros e o CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote, avançam.
"Novamente a política pode atrasar adoção de medidas econômicas", avalia especialistas econômicos
Trata-se de um desgaste para o governo, que deve continuar enquanto Jucá permanecer no cargo", comenta um operador do mercado financeiro. Segundo ele, após essa revelação, até mesmo as medidas econômicas a serem anunciadas pelo governo interino do presidente Michel Temer ficaram em segundo plano. "Jucá no governo dá munição para o discurso do PT de que o impeachment foi mesmo para barrar a Lava Jato", diz o profissional.
Para a equipe de análise da Lerosa Investimentos, o caso envolvendo Jucá "traz de volta ruído político quando o governo deveria estar focado na questão econômica". "Novamente a política pode atrasar adoção de medidas econômicas. Agora na oposição, o PT ganha munição para criticar a legitimidade do governo", diz a Lerosa, acrescentando que a substituição do ministro do Planejamento poderia estancar as preocupações no curto prazo.
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