A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou um boletim da febre chikungunya em Fortaleza, com dados levantados até o dia 5 de maio. Neste ano, já foram notificadas 1.072 suspeitas da doença, das quais 205 tiveram confirmação. O número representa quase 21 vezes os dez casos confirmados em todo o ano de 2015.
Outros 764 casos, 85% dos registros, ainda estão sendo investigados. Das confirmações, 173 foram classificados como autóctones, ou seja, cuja transmissão se deu dentro do território municipal. Conforme a avaliação do órgão, os números de 2016 sugerem que Fortaleza passa por uma fase de transição entre um cenário de casos importados para um de "transmissão autóctone sustentada".
A Regional I lidera o número de transmissões, com 71 casos. Em seguida, aparece a Regional III, com 51 casos, e a Regional IV, com 47 casos. A Regional II foi a que apresentou a menor incidência, com três casos. O bairro Monte Castelo registrou 34 casos da doença, seguido pelo Montese (31 casos) e Vila Ellery (22).
Desde o início do ano, o mês de março liderou o número de casos comprovados, com 107 novas ocorrências. Já no mês de abril, as estatísticas apontam 11 novos. Conforme o gerente da Célula de Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos da SMS, Nélio Morais, o combate ao mosquito é importante porque ainda não se sabem os limites da transmissão da patologia.
Dengue
Além disso, de acordo com o último boletim sobre a dengue da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS), divulgado no último dia 6 de maio, a cidade acumula, só neste ano, 8.918 notificações da doença. Desse número, 2.687 são de casos confirmados e outros 3.494 de suspeitas sob investigação. Quatro suspeitas de óbito também estão sendo analisadas. Os dados foram atualizados com informações recolhidas pela Célula de Vigilância Epidemiológica do órgão, que monitora a situação do município.
Dos 91 bairros da capital cearense avaliados no levantamento, apenas seis não notificaram nenhum caso: Guararapes, Lourdes, Aeroporto, Dendê, Jardim Cearense e São Bento, único da Regional VI que não foi afetado pela contaminação. Segundo a SMS, avaliando apenas os casos confirmados, a taxa de incidência da doença em Fortaleza já representa 104 casos para cada 100 mil habitantes. No entanto, conforme o órgão, esse número está dentro do padrão endêmico do município, ou seja, o número de casos registrados é menor que o máximo esperado para cada período analisado.
A Regional VI é a que tem a maior a incidência da doença, com 1.147 casos confirmados. Dos dez bairros com maior número de casos na Capital, cinco são de lá: Jangurussu, Conjunto Palmeiras, Barroso, Messejana e Passaré. Por outro lado, a Regional II é a que apresenta o menor número de incidência, com 237 casos confirmados.
Das pessoas diagnosticadas com a doença desde o início do ano, 534 começaram a apresentar os sintomas no mês de abril, redução de 43% em relação a março, que registrou 940 confirmações. No total, 2.517 casos foram comprovados por análises clínicas e outros 170 por exames laboratoriais.
Os confirmados até abril representam redução de quase 60% quando comparados ao período de janeiro a abril de 2015, quando foram registrados 6.615 casos de dengue, e quase 80% em relação ao mesmo período de 2012, ano considerado crítico no histórico epidemiológico da dengue do município. Nada menos que 12.956 pessoas foram contaminadas nos primeiros quatro meses daquele ano. (Colaborou Nicolas Paulino)
Nenhum comentário:
Postar um comentário