O que constrói a imagem de um ídolo no futebol? Títulos? Então, Leonardo é absoluto. É o maior vencedor da história do Sport. São sete campeonatos pernambucanos e duas Copas do Nordeste. As nove taças conquistadas viraram reflexos materializados da importância do jogador para o clube. Transformaram o atleta em parte do DNA rubro-negro, no símbolo de uma época em que o Leão foi hegenômico em Pernambuco. A morte do ex-atleta foi confirmada na tarde desta terça-feira, às 15h15, dia 1º de março, após quase um mês de internação no Hospital da Restauração.
Falecido aos 41 anos após complicações de um quadro de neurocisticercose, doença provocada pelo consumo de carne de porco indevidamente preparada, Leonardo construiu, na sua velocidade com a bola nos pés, a imagem de um mito na Ilha do Retiro. Mito que soube driblar rapidamente o anonimato quando chegou no clube.
Vindo de Picos, sua cidade natal no Piauí, Leonardo tinha apenas 18 anos de idade ao virar leonino. Era um jovem franzino, de 1,64m e poucas palavras. Veio com um contrato ainda amador, mas ambicioso. Em 15 de julho de 1992, as páginas do Diario de Pernambuco traziam a mais nova contratação do Sport. Ainda pouco conhecido de torcida e imprensa, o atacante Leonardo chegava para morar na concentração da base.
Logo, virou ídolo. Ficou até o fim de 1995, quando se transferiu para o Vasco e chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira. Passou ainda por Corinthians, onde foi artilheiro do time na Copa Libertadores de 1996 com cinco gols, e Palmeiras. Ainda assim, em nenhum dos times do eixo Rio-São Paulo teve o mesmo sucesso quando se vestiu com as cores do Sport. Azar deles, pensam os rubro-negros.
Brenno Costa /Diario de Pernambuco
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